Quênia perde um de seus principais maratonistas para o Mundial

O atual campeão da maratona de Londres, Martin Lel, não fará parte da seleção do Quênia para o Mundial de agosto, que será disputado em Helsinque, devido a uma lesão, de acordo com anúncio feito pelas autoridades do esporte daquele país.

"Nós conseguimos colocar subseqüentemente Paul Biwott no lugar de Lel", disse David Okeyo, secretário geral de atletismo do Quênia. "Já enviamos um comunicado para Biwott, que deverá entrar em contato conosco imediatamente para pegarmos mais detalhes."

Biwott foi o segundo colocado na última maratona de Paris, atrás de seu compatriota Salim Kipsang.

A seleção do Quênia já está sem Paul Tergat, detentor do recorde mundial, que na última semana recusou participação na equipe alegando estar ainda se recuperando de uma lesão. Segundo o Okeyo, os atletas selecionados para o Mundial receberam a permissão de disputar diversas provas na Europa, começando com a maratona de Paris, na última sexta-feira, e terminando em Oslo, dia 26 de julho.

"As maratonistas Catherine Ndereba e Tegla Loroupe treinarão na Filadélfia, nos Estados Unidos, e na Suíça, respectivamente", afirmou Okeyo. Ndereba disputará a meia-maratona de Sapporo, no Japão, no próximo dia 4, enquanto Loroupe competirá em Sendai, dia 10.

Juventude e velocidade são as armas dos EUA no Mundial

Os Estados Unidos contarão com um time baseado na juventude e na velocidade para a disputa do Mundial de atletismo, que acontece em agosto, em Helsinque, na Finlândia. Os representantes do país na competição foram definidos no último fim-de-semana.

O time tem um "potencial de ouro", como define a imprensa local. Entre os cotados a medalhas, aparecem os campeões olímpicos Justin Gatlin, Shawn Crawford e Jeremy Wariner e o campeão mundial Allen Johnson.

No ano passado, os atletas do país conquistaram 25 medalhas nos Jogos Olímpicos de Atenas, e esperam melhorar a marca no Mundial. No torneio de 2003, em Paris, o time do país conseguiu 17 medalhas, sua pior campanha em Mundiais ou Olimpíadas desde 1896.

Entre os jovens, um dos destaques é Kerron Clement. Nascido em Trinidad e Tobago, o atleta, de 19 anos, correu as eliminatórias dos 400 m com barreiras em 47s24, o que o coloca com o sétimo tempo do mundo na prova.

Wariner, 21, cravou o melhor tempo do ano nos 400 m com 44s20, e Gatlin se tornou o primeiro em 20 anos a vencer os 100 m (10s08) e 200 m rasos (20s04) na competição norte-americana. "Eu sinto que estou de volta ao colegial", brincou o velocista.

No entanto, o principal desafio de Gatlin será superar o jamaicano Asafa Powell, que no dia 14 se tornou o homem mais rápido da história nos 100 m rasos, ao cravar o novo recorde com 9s77.

Entre as mulheres, as esperanças estão depositadas em Allyson Felix, 19, medalha de prata em Atenas e detentora do melhor tempo do ano nos 200 m, com 22s13. Sanya Richards, 20, também conseguiu a melhor marca de 2005, com 49s28, e é o destaque nos 400 m.

Lisa Barber, que treina com Gatlin e Crawford, também se credenciou a conquistar medalha na Finlândia ao correr os 100 m em 11s10. Nas semifinais, ela terminou a prova em 10s87. Nos 100 m com barreira, Michelle Perry bateu a campeã olímpica Joanna Hayes e cravou 12s43, o melhor tempo do ano.

Justin Gatlin vence também os 200 m em seletiva dos EUA

Justin Gatlin, atual campeão olímpico dos 100 m rasos, venceu neste domingo a prova dos 200 m rasos no campeonato norte-americano de atletismo, que vale como seletiva para o Mundial, com o tempo de 20s04.

O segundo colocado foi Tyson Gay, com 20s06, seguido por Shawn Crawford, ganhador da medalha de ouro nessa prova em Atenas-2004, com 20s12. Os três competirão pelos EUA nos 200 m rasos no Mundial de Helsinque, na Finlândia, em agosto.

Gatlin, que havia vencido os 100 m rasos no sábado, tornou-se assim o primeiro atleta a vencer as duas principais provas de velocidade no campeonato norte-americano desde 1985.

Favorito ao título da prova, Crawford pagou caro por ter diminuído o ritmo nas semifinais, correndo apenas para se classificar à final.

Com um tempo inferior, ele correu na raia nove, a mais externa da pista, em desvantagem em relação aos seus principais rivais.

Já o medalhista de prata nas Olimpíadas Bernard Williams sequer chegou à final. Com o tempo de 20s94, ele ficou apenas em oitavo lugar na sua semifinal.

Nos 200 m rasos feminino, Allyson Felix, prata em Atenas, foi a campeã com 22s13. Esta foi a melhor marca da prova no ano até agora.

As outras duas classificadas para representar os EUA no Mundial nessa prova são Rachelle Smith (22s22) e LaTasha Colander (22s34).