Quem são os novos secretários estaduais de Educação em todo o Brasil

A primeira versão desta reportagem citava incorretamente Laura Souza como secretária de Educação em Alagoas. O titular da pasta é Luciano Barbosa. A informação foi corrigida.

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A troca de gestões estaduais marca também mudanças nas Secretarias de Educação. Pelo menos 19 estados brasileiros terão nova chefia na pasta. Confira quem permanece no cargo e quem assume e conheça um pouco de suas trajetórias profissionais:

ACRE
Mauro Sérgio Ferreira da Cruz

Especialista em Gestão Escolar pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Mauro Sérgio é vice-diretor de ensino da Faculdade Diocesana São José e coordenou o grupo de Educação da equipe de transição. Pós-graduado em Filosofia com habilitação em História e Sociologia e graduado em Teologia, Mauro aproximou a Igreja Católica no Acre do grupo liderado por Gladson Cameli, eleito governador. Ele também passou pela Fundação Bradesco. Na pasta de Educação, Cultura e Esporte, o secretário afirmou que dará assistência para as mais de 440 escolas rurais do Acre. Entre seus principais objetivos está a erradicação do analfabetismo no estado, que atinge 13%.

ALAGOAS
Luciano Barbosa

Graduado em Engenharia, com mestrado em Economia pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, foi secretário de Educação de Alagoas, antes de deixar o cargo em abril para se candidatar a vice-governador nas eleições de 2018. Foi ministro da Integração Nacional (2002-2003) e prefeito do município de Arapiraca, eleito em 2004 e reeleito em 2008. No mesmo município, ele ocupou também o cargo de secretário de Educação (1993/1996) e secretário de Finanças e de Saúde (1997/2004). No estado, foi secretário estadual dos Transportes e Obras e de Administração (1995/97). Atuou como coordenador do Programa de Desligamento Voluntário (PDV) e assumiu a Secretaria de Planejamento e Orçamento do Ministério da Justiça, em 1999.

AMAZONAS
Luiz Castro Andrade Neto

É formado em Magistério, num curso técnico pela Padre Anchieta, e em Direito pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Nascido em São Paulo, ele está no Amazonas desde 1977. Nos primeiros anos em Envira foi professor e agricultor. Foi prefeito de Enira de 1983 a 1988 e de 1993 a 1998. Eleito deputado estadual de 1998 a 2018, ele também foi presidente do Instituto de Cooperação Técnica Intermunicipal e secretário estadual de Produção Rural nos anos de 2003 a 2005. Entre as prioridades de sua pasta, ele elenca a gestão mais eficiente de recursos e a busca de uma solução para mais de 750 professores contratados em regime de emergência, que expirou em dezembro.

AMAPÁ
Maria Goreth da Silva e Sousa

Maria Goreth da Silva e Sousa é pedagoga, servidora pública há 30 anos, especialista em Administração Escolar, especialista em Educação pela Fundação Getúlio Vargas. Possui MBA em Gestão de Pessoas e Mestrado em Planejamento Governamental em Políticas Públicas. Foi diretora-presidente da Escola de Administração Pública do Amapá (EAP), no período de 2003 a 2010 e secretária de Estado da Administração, no período de 2015 a agosto de 2016. Atualmente exerce a função de Secretária de Estado da Educação do Amapá.

BAHIA
Jerônimo Rodrigues

Depois de um mês de incerteza, o governador Rui Costa (PT) confirmou o nome de Jerônimo Rodrigues, coordenador da sua campanha de reeleição, para assumir a Secretaria de Educação (SEC) do estado às vésperas do início do ano letivo. Era o último estado que faltava definir seu secretariado. Jerônimo possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com especialização e mestrado na área. Passou pelas Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e Secretaria de Planejamento do estado da Bahia e por secretarias do Ministério do Desenvolvimento Agrário. É professor assistente do Departamento de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), e até julho de 2018 ocupava o cargo de secretário de Desenvolvimento Rural do Governo da Bahia.

CEARÁ
Eliana Nunes Estrela

Formada em Pedagogia pela Universidade Regional do Cariri (Urca), Eliana é especialista em Educação pela mesma instituição, e em Gestão Pública pelo Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (Caed), vinculado à Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF – Minas Gerais). Também é mestre em Gestão e Avaliação Pública pelo Caed. Atuou como professora, gestora escolar e coordenadora na rede pública estadual de ensino. Assumiu a frente da Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede) 18, no período de 2007 a 2012. De fevereiro de 2013 a agosto de 2014 e depois de março de 2015 a dezembro de 2018, coordenou a Crede 19. É funcionária de carreira da UFCA, desde 2014. Entre suas apostas está o fortalecimento do protagonismo estudantil, envolvendo os jovens na gestão escolar.

DISTRITO FEDERAL
Rafael Parente

Foi subsecretário na Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro de 2009 a 2013, na primeira gestão de Eduardo Paes (MDB). No Rio, ele implementou uma plataforma online colaborativa de aulas digitais chamada Educopédia. Doutor em Educação pela Universidade de Nova York, Rafael também é CEO da startup de educação Conecturma, presidente do Centro de Excelência e Inovação em Política (Ceipe), e cofundador do Movimento Agora. Entre suas ideias está a criação de uma espécie de “conselho de notáveis” da área para encontros trimestrais, com o objetivo de discutir os rumos da educação pública no DF.

ESPÍRITO SANTO
Vitor Amorim de Angelo

Com 36 anos, ele é Doutor em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos e formado em História pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Desde 2011, atua como professor de Ciência Política na Universidade de Vila Velha, onde é também coordenador do Programa de Pós Graduação em Sociologia Política, no qual dá aulas no curso de Relações Internacionais e das pós-graduações em Segurança Pública e Sociologia Política. Em entrevista, ele afirmou que vai continuar investindo em Educação Integral no programa Escola Viva, combate ao abandono e à evasão escolar e planejamento para metas de curto, médio e longo prazo.

GOIÁS
Fátima Gavioli

Ex-secretária de Educação de Rondônia. Mestre em Educação e Licenciada em Letras e Pedagogia, Fátima possui pós graduação em Gestão Pública pelo Centro de Liderança Pública de São Paulo (CLP-SP), além de bacharel em Direito. Atua como consultora da Fundação Lemann, mantenedora de NOVA ESCOLA. Nascida no Paraná, ela reside em Rondônia desde os anos 1980. Trabalhou durante alguns anos como boia fria e empregada doméstica, antes de atuar como professora em Rondônia. Fátima participou de processos seletivos para gerenciar Secretarias de Educação em Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, sendo aprovada em todos eles. Fátima optou pela gestão goiana por sua afinidade com o programa de Ronaldo Caiado.

MARANHÃO
Felipe Camarão

Ele ocupa o cargo de secretário de Educação desde 2016. Antes disso, ele passou pelas pastas de Cultura e Gestão e Previdência. Com formação e mestrado em Direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), iniciou sua carreira à frente do Procon-MA e, posteriormente, chefiou  o escritório de representação da Advocacia-Geral da União, em Imperatriz, mesmo local em que foi procurador-chefe da Procuradoria Seccional Federal do município. Também ocupou o cargo de procurador-chefe da Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS. É professor de Direito em cursos de pós- graduação e de graduação da UFMA, presidente da Fundação da Memória Republicana, membro da Academia Ludovicense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.

MATO GROSSO
Marioneide Angelica Kliemaschewsk

Sem mudanças na pasta. Marioneide assumiu a secretaria em abril do ano passado. Com uma carreira na Educação Básica, ela é servidora efetiva da rede municipal há 30 anos, tendo atuado no Ensino Fundamental como professora e diretora. Dos 30 anos de chão de escola, 13 foram dedicados à direção. Na gestão pública, ocupou o cargo de secretária municipal em Cuiabá e foi secretária-adjunta de Gestão Educacional e Inovação na Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer do Mato Grosso. É graduada em Pedagogia, Administração de Empresas e Economia, pós-graduada em Recursos Humanos e Gestão Escolar.

MATO GROSSO DO SUL
Maria Cecilia Amendola da Motta

Assumiu o cargo em 2015 e segue no comando da secretaria. É presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e vice-presidente da Organização Mundial para Educação Pré-Escolar (OMEP) na Região Centro Oeste desde 2008. Foi secretária municipal de Educação de Campo Grande, presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) de Mato Grosso do Sul e vice-presidente da Undime Nacional, além de membro do Conselho Estadual de Educação do estado. Sua formação é em Pedagogia com habilitação em Administração e Supervisão, Ciências Biológicas e especialista em Didática do Ensino Superior, Ecologia e Gestão de Cidades. É mestre em Educação na área de Políticas Públicas para a Infância.

MINAS GERAIS
Julia Sant’Anna

Servidora concursada do estado do Rio de Janeiro na carreira de especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental. Na pasta, atuava como assessora especial de infraestrutura e tecnologia. Graduada em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), possui mestrado em Globalização e Desenvolvimento Latino-Americano na Universidade de Londres e doutorado em Ciência Política na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Foi membro do programa de Lideranças da Fundação Lemann, mantenedora de NOVA ESCOLA, que oferece bolsas de estudos para talentos com foco em impacto social.

PARÁ
Leila Freire

Pedagoga pela Universidade do Amazonas (UNAMA), é especialista em Alfabetização e Educação Infantil pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), tem mestrado em Educação e em Gestão e Avaliação da Educação Pública. Já ocupou o cargo de secretária de Educação dos municípios de Ananindeua e Benevides e foi professora no Ensino Superior.

PARAÍBA
Aléssio Trindade

Segue no cargo que assumiu em 2015. Foi secretário de Educação Profissional e Tecnológica no Ministério da Educação (MEC) e é professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) desde 1994. Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Federal da Paraíba (UFPB), mesma área em que é mestre e doutor. Foi diretor de Ensino do Instituto Federal de Alagoas (IFAL), reitor do Instituto Federal de Brasília (IFB) e coordenador da Câmara Técnica de Pesquisa e Inovação do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), instituição na qual também assumiu o cargo de diretor de desenvolvimento.

PARANÁ
Renato Feder

Durante 8 meses, trabalhou como assessor voluntário da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo. Formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas e mestre em Economia pela Universidade de São Paulo (USP). Foi professor no Instituto Mackenzie e diretor do Colégio ALEF. É sócio e CEO da Multilaser, empresa do segmento de eletrônicos e informática. Também é CEO da Aluno 10, empresa de tecnologia educacional focada em reforço escolar. É co-autor do livro “Carregando o Elefante” e co-fundador do Ranking dos Políticos, que avalia o desempenho de senadores e deputados federais.

PERNAMBUCO
Fred Amâncio

Ocupa o cargo de secretário de Educação desde 2015. Antes disso, chefiou as secretarias estaduais de Saúde, Desenvolvimento Econômico e Planejamento e Gestão. Ocupou outros cargos públicos como coordenador de planejamento e acompanhamento na Secretaria da Fazenda de Pernambuco e, ainda, o de diretor de legislação e tributação e de secretário-executivo de coordenação-geral. Foi presidente e vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape. Formado em Administração e Direito pela Federal de Pernambuco (UFPE), é pós-graduado em Economia Aplicada à Gestão Fiscal e tem MBA em Gestão de Negócios em Petróleo e Gás, ambos Fundação Getúlio Vargas (FGV).

PIAUÍ
Helder Jacobina

Assumiu a secretaria em abril de 2018. Ainda na pasta, foi superintendente de gestão e secretário interino. Na Secretaria Estadual para Inclusão da Pessoa com Deficiência foi diretor de gestão e, posteriormente, assumiu a chefia da pasta. Foi vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil do Piauí, consultor do gabinete da auditoria do Tribunal de Contas do Piauí, professor do Centro Unificado de Ensino Superior, da Escola Superior de Advocacia e professor convidado Universidade Estadual do Piauí (Uespi). Sua formação é em Direito pela Uespi e é especialista em Controle da Administração Pública.

RIO DE JANEIRO
Pedro Fernandes

O governador Wilson Witzel escolheu o ex-secretário de Meio Ambiente do município do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes, para comandar a Secretaria de Estado da Educação. Pedro também já foi secretário de Assistência Social e Direitos Humanos do estado e da capital do Rio, e passou pela chefia da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia. É cirurgião dentista, professor universitário, mestre pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ), pós-graduado em políticas públicas pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e fez cursos de extensão em universidades do exterior. Na Secretaria de Educação, Pedro tem o desafio de atingir as metas propostas por Witzel: criar duas novas escolas militares, disponibilizar uniformes e regularizar o transporte rural já nos primeiros 100 dias de governo, além de qualificar professores da rede estadual e melhorar o desempenho escolar dos alunos no primeiro semestre do ano.

RIO GRANDE DO NORTE
Getúlio Marques

Getúlio Marques ficará à frente da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (Seec). Ele é engenheiro especialista em Engenharia de Sistemas e mestre em Engenharia de Produção. Professor aposentado pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), foi o idealizador do programa de expansão da Educação tecnológica e coordenou a criação dos Institutos Federais pelo país. Já trabalhou no MEC, como coordenador de Orçamento e Planejamento, diretor da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e secretário adjunto da Secretaria de Ensino Tecnológico.

RIO GRANDE DO SUL
Faisal Karam

É formado em Administração de Empresas pela Unisinos. Concorreu a deputado estadual nas eleições de 2018 pelo PSDB, mesmo partido do governador eleito Eduardo Leite, mas ficou como suplente. Foi prefeito do município de Campo Bom entre 2009 e 2016, período em que recebeu uma série de prêmios de reconhecimento de gestão. Desenvolveu o Projeto Acolher, que ofereceu atividades a crianças e adolescentes no contraturno escolar. Na cerimônia de posse do secretário, o diretor do Departamento de Logística da Secretaria de Educação (Seduc) ressaltou os bons resultados do Ideb de Campo Bom no período em que Faisal foi prefeito, fazendo os anos finais do Ensino Fundamental saltarem de 4,8 para 6.

RONDÔNIA
Suamy Vivecananda Lacerda de Abreu

O secretário de Educação de Rondônia está na rede pública estadual de ensino há 30 anos. Iniciou sua carreira docente dando aulas para turmas multisseriadas. É formado em História pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR) com especialização em Administração Escolar e Supervisão Escolar. De acordo com informações do G1, uma de suas monografias da especialização serviu de modelo para a criação do “Projeto Terceirão na Escola Pública”, implantado na Escola Estadual João Bento da Costa, na qual foi diretor por sete anos. Segundo o novo secretário, sua equipe vai priorizar a etapa do Ensino Médio e fortalecer os órgãos de controle interno das escolas estaduais.

RORAIMA
Leila Perussolo

Depois de ter passado por um período de intervenção federal que afastou sua governadora e os secretários, o estado de Roraima vive uma situação delicada. O governador eleito Antonio Denarium (PSL) foi o interventor federal em 2018 e decretou calamidade financeira no estado já na primeira semana da pasta desde o período da intervenção e afirmou, no Natal, que a Educação cortaria até 50% dos cargos comissionados e desativaria o Ensino Integral de sete escolas no estado. É formada em Direito, História e Pedagogia, e doutora em Ciências da Educação. Já foi pró-reitora da Universidade Estadual de Roraima (UERR), diretora da Escola do Legislativo e consultora de Educação e Cultura do MEC.

SANTA CATARINA
Natalino Uggioni

Graduado em Ciências pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), ele tem mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Antes de assumir a Secretaria de Estado da Educação, foi superintendente do Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, com foco em gerenciamento de estágios, projetos de inovação, consultoria em sistemas de gestão da inovação e melhoria da competitividade industrial. Na primeira reunião da equipe da Secretaria, o novo secretário mencionou parcerias com entidades de tecnologia da informação como aposta para motivar os estudantes a permanecer na escola e combater a evasão.

SÃO PAULO
Rossieli Soares

Ele acaba de deixar o comando do Ministério da Educação (MEC), onde foi ministro por sete meses, para chefiar a maior rede de ensino do Brasil e da América Latina. Formado em Direito, Rossieli tem mestrado em Gestão e Avaliação Educacional pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Antes de liderar o MEC, foi Secretário de Educação Básica e Secretário de Estado da Educação do Amazonas. Como ministro, participou ativamente da reformulação do Novo Ensino Médio e homologou a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da etapa, além de ter sido secretário executivo do comitê gestor da BNCC da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, em 2017.

SERGIPE
Josué Modesto dos Passos Subrinho

No Sergipe, as pastas de Educação, Esporte e Cultura foram unificadas sob uma mesma Secretaria (Seduc), comandada por Josué Modesto. Ele é economista pela Universidade Federal do Sergipe (UFS), instituição na qual chegou a ser vice-reitor e reitor entre 1996 e 2011. Também foi reitor pró-tempore da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) entre 2013 e 2017. Ex-secretário da Fazenda do Estado de Sergipe, Josué assumiu a Secretaria de Educação em abril de 2018 e permanece na pasta com a reeleição do governador Belivaldo Chagas (PSD). Pela nova estrutura, além das funções de gestão da Educação estadual, a Seduc será responsável pela administração, ampliação e melhoria dos espaços esportivos como estádios, praças e equipamentos desportivos e de lazer; política estadual de cultura; fomento à cultura e às artes, preservação, guarda e gestão do patrimônio estadual e administração dos equipamentos culturais e artísticos.

TOCANTINS
Adriana da Costa Pereira Aguiar

Sem mudanças no comando da pasta da Educação. Adriana assumiu a chefia da Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) pela segunda vez em março de 2018. Formada em Pedagogia pela Universidade de Gurupi (UNIRG/TO), ela se especializou em Planejamento, Orientação Educacional e Gestão Escolar. Em sala de aula, já trabalhou com alfabetização, Educação especial e Ensino Médio. Como gestora, foi coordenadora, supervisora escolar e diretora. Neste último cargo, ela exerceu por 10 anos na Escola Estadual Presidente Costa e Silva, pela qual ganhou o Prêmio Gestão Escolar em 2011. Sua carreira na gestão pública teve início em 2012, ao assumir a Diretoria Regional de Educação de Gurupi, de onde saiu para comandar pela primeira vez a Secretaria de Estado da Educação e Cultura do Tocantins em 2014.

Fonte: Quem são os novos secretários estaduais de Educação em todo o Brasil

Dicas e exemplos para levar a gamificação para a sala de aula.

A gamificação permite que o aprendizado seja prazeroso, significativo e envolvente. Isso porque se utiliza de elementos dos jogos (os famosos “games”), como forma de engajar as pessoas a atingir um objetivo. Mas, além de funcionar como uma estratégia pedagógica que engaja, Paula Carolei, professora e coordenadora da graduação em Design Educacional da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), também aponta que a gamificação pode promover uma postura mais exploratória e autoral por parte dos alunos. “Por isso, o professor deve criar bons desafios, coerentes com as competências que se espera desenvolver no aluno, quanto mais ações e reflexões o desafios demandarem, mais significativo será o aprendizado”, diz Paula.

Ela cita os aspectos que poderiam ser abordados, por exemplo, no caso de atividades que visem o desenvolvimento das competências de investigação científica. “A gamificação deve ter desafios que promovam a observação, elaboração de hipóteses a percepção de padrões e singularidade, organização de informações e tomada de decisão, como um jogo de detetive, em que se vai coletando pistas e criando modelos de explicação e testando esses modelos”.

Exemplo prático

Ao participar de uma ação gamificada que faz uso do QR Codes (Código QR), os estudantes têm a oportunidade de decifrar pistas e missões contidas nesses códigos. Esse caminho pode ser usado em qualquer componente curricular e conteúdo. Auxilia no desenvolvimento da criatividade, autonomia, promover o diálogo e resolver situações problemas.

Saiba mais

Os QR Codes são códigos de barras em 2D (bidimensionais) que pode ser facilmente escaneado pela maioria das câmeras de celulares e também a partir de aplicativos para celulares e/ou tablets. Esse código é convertido em texto (interativo).

Para as atividades com os estudantes, você pode esconder pistas e propor que a turma use seus celulares para descobrir o significado, que estará oculto, em cada QRCode. Imagine, por exemplo, que você esteja trabalhando a história da Arte Moderna. Você pode transformar as imagens em QR Codes para que os  alunos desvendem uma pista atrelada ao tema da aula e ajudar na compreensão do tópico.

Alguns sites oferecem a possibilidade de gerar esses códigos gratuitamente só indicando o link da página que você gostaria que os alunos fossem direcionados, como é o caso do QR Code Generator.

Para a professora Paula, “o segredo é sempre pensar como eu posso transformar a entrega de conteúdo em uma atividade de descoberta, de encontrar pistas e criar modelos”. Esse seria um caminho para deixar uma aula expositiva mais atraente. Ainda de acordo com Paula Carolei, além dos desafios, seria preciso criar o que ela chama de “círculo mágico”: “um contexto, uma narrativa, um grupo, algo que vai gerar imersão. E, por fim, uma boa gamificação deve ser divertida, no sentido não apenas de criar um prazer alienado, mas de ser uma provocação, uma tensão, de experimentar outros mundos, outras realidades, uma outra versão diversa”.

Dicas para Gamificar

  • Objetivo da aula: Defina o objetivo da aula e o que pretende alcançar com a gamificação. Por exemplo: você pode unificar as áreas do conhecimento com uma caça ao tesouro, desenvolvendo o senso de colaboração entre os alunos. Com os estudantes divididos em grupos, eles vão pensar de forma colaborativa e desenvolver habilidades e competência crítica, cognitiva, integrando as áreas do conhecimento.
  • Avatar/Personagem: Crie personagens ou avatares com os alunos. Você pode sugerir personagens de obras ou tangram (quebra-cabeça geométrico chinês formado por 2 triângulos grandes, 2 pequenos, 1 médio, 1 quadrado e 1 paralelogramo que possibilita a montagem de mais de 5 mil figuras).
  • Acolhimento: Diga aos alunos para formarem grupos e explique como serão as missões que eles terão de cumprir, se serão pistas ou se você dará dicas. As pistas poderão estar expostas ou ocultas dentro de caixas. Procure utilizar recursos tecnológicos, como QR Code, celular e/ou papel. A cada pista desvendada poderá ser dado uma parte de um avatar/personagem escolhido para montar. Ganhará a gamificação o grupo que conseguir resolver as questões e montar o seu avatar.
  • Roteiro: Estabeleça o roteiro a ser cumprido, juntamente com a as missões a serem desvendadas pelos estudantes. A ideia é despertar a curiosidade, aguçando e correlacionando o objeto de ensino a ser estudado.
  • Chuva de ideia (brainstorm): Após a experiência de gamificação, os alunos ficarão curiosos. Para aproveitar essa onda, promova discussões com chuva de ideias na lousa ou esquemas em papéis, incentive-os a criar de maneira colaborativa. Com isso, eles ganharão em repertório.

Convidamos você, querido professor, a vivenciar a gamificação em sala de aula, com ideias simples que fazem a diferença no processo de aprendizagem. Compartilhe aqui nos comentários suas experiências! Elas podem contribuir para o trabalho de outros professores.

Fonte: Dicas e exemplos para levar a gamificação para a sala de aula

7 sugestões para a primeira reunião de pais do ano

7 sugestões para a primeira reunião de pais e responsáveis do ano 2019.

O momento é importante para estabelecer a parceria entre família e escola.

Geralmente, logo nas primeiras semanas do ano letivo já são feitos os primeiros contatos com os pais dos nossos alunos. Na alfabetização, principalmente no primeiro ano, os pais se mostram bem apreensivos nesse período inicial.

Além da mudança de ciclo da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, as crianças em geral também mudam de escola, então é compreensível que muitos pais e alunos precisem desse momento de adaptação.

Por isso, nós professores alfabetizadores precisamos nos preparar para acolher, tranquilizar e orientar os pais para, assim, estabelecer uma parceria que será fundamental para o sucesso da aprendizagem das crianças.

Em muitas escolas, esse contato é feito na primeira reunião de pais. Listei algumas sugestões para estabelecer a parceria já nessa reunião:

  • Explique o processo de alfabetização. Eu costumo fazer isso com os pais de meus alunos. Explico todas as etapas do período pré-silábico ao alfabético, até a criança estar alfabetizada. Para cada etapa, um exemplo de como as crianças estão pensando a questão da escrita naquele momento. Assim, os pais compreendem como se dá esse processo e ficam mais abertos e preparados para auxiliar seus filhos. É nesse momento que eu falo sobre a importância de acompanhar, apoiar e acreditar no potencial de aprendizagem das crianças.
  • Para que a parceria dê certo, faça combinados com os pais. Por exemplo os dias em que haverá lição de casa, como vai funcionar a reposição escolar, como será feita a comunicação entre escola e família, etc.
  • Apresente os projetos que você vai desenvolver com as crianças. Procure envolver os pais no desenvolvimento desses projetos. Você vai se surpreender ao descobrir que eles querem e podem contribuir muito para sua realização. Por exemplo, para criar um canto especial de leitura na sala de aula, eles podem ajudar enviando almofadas, tapetes, etc, ou até mesmo participando da leitura de livros para as crianças em datas predeterminadas.
  • Distribua indicações e referências de leitura e estudo para que os pais possam compreender melhor como se dá o desenvolvimento das crianças. Podem ser livros, vídeos educativos, sites, etc. Costumo distribuir até mesmo receitas culinárias para os pais fazerem com seus filhos. Você pode pensar “mas esse não é meu papel enquanto professora”. Mas repense sua conduta. Não custa nada contribuir para uma infância melhor e mais feliz. Muitas famílias podem não ter outras referências de textos e conteúdos além das que recebem na escola, e essa aprendizagem dos pais contribuirá diretamente na aprendizagem dos alunos em sala de aula.
  • A primeira reunião é um ótimo momento para fazer um levantamento de dados sobre as famílias. É importante saber, por exemplo, com quem as crianças vivem, se os pais são separados, se moram em área de risco, se a família tem o hábito da leitura, se têm acesso à internet, etc. Dessa maneira, você estará mais preparada para entender melhor seus alunos e a realidade de suas famílias, e assim fazer um planejamento mais adequado.
  • Em muitas dessas reuniões, peguei os pais de surpresa ao propor dinâmicas que exploravam a importância do trabalho coletivo e da parceria entre pais e professores. Ações simples, para levar a uma reflexão e ao debate coletivo. Se você estiver inseguro para realizar essas dinâmicas logo no início, conheça-os melhor e proponha para as demais reuniões do ano.
  • Se possível, receba os pais com um simples café da manhã ou da tarde. Não precisa ser nada elaborado. Todos gostamos de ser recebidos com um agrado! Geralmente estamos tão armados e receosos em receber os pais que esquecemos que é possível fazer um encontro agradável, em que todos se sintam acolhidos.

Essas são as minhas sugestões para construir uma boa parceria com os pais dos alunos, mas cada professor sabe como funcionam os pais da sua turma, de acordo com a sua realidade. O importante é abrir um espaço para a participação ativa dos adultos, para juntos construirmos uma Educação de qualidade para os alunos.

Fonte: 7 sugestões para a primeira reunião de pais do ano