Educador dá dicas usadas pelo Ministério da Educação da Dinamarca para inspirar professores.

Em seu clássico On the Road, Jack Kerouac dizia gostar das pessoas que queimam como fogos de artifício. Hoje, o que não falta são jovens com a cabeça em ebulição de tantas ideias. E nem sempre são ideias simples. Muitos destes “pequenos” idealistas querem desenvolver projetos que, além de ser a base para a carreira que pretendem seguir, podem mudar o mundo. Para ajudar esses jovens a inovar, o educador e empreendedor dinamarquês Nikolai Seest já realizou mentorias em mais de 300 projetos de negócios criativos em seu país e também no exterior, como foi o caso Yes!, na Groelândia, que reúne um grupo de jovens empreendedores para, em 2 anos de formação, resolver problemas culturais, econômicas e ambientais do meio em que vivem.

Por conta dessa experiência com inovação e empreendedorismo, Seest foi convidado pelo Ministério da Educação da Dinamarca a criar uma iniciativa que auxiliasse professores que também desejassem inovar em sala de aula o que resultou no Pioneer. A metodologia do projeto é simples e direta: mãos na massa. Por isso, desde 2007 foram criados diversos worskhops, encontros, campanhas e revistas que trazem um compilado de informações sobre o tema. Em passagem recente pelo Brasil, Seest diz que ficou encantando com as escolas democráticas, mas completa, com bom humor: 

“Gostaria de ter visitado escolas tradicionais. Só conheci escolas democráticas e fiquei com a impressão que a educação no Brasil é inovadora, gostaria de ter uma visão mais ampla”.

Apesar de ter passado pouco tempo, o educador afirma que ficou impressionado com o número de pessoas engajadas e que querem uma nova educação, com mais impacto. “Sei que pode demorar muito tempo para que aconteçam mudanças. Mas é fato que muitos já entendem o que está ai como obsoleto e já estão buscando novidades. Isso é uma tendência global e a transformação é inevitável”, diz.

Ah! Antes de ir embora, Seest deixou umas das revistas da Pioneer e autorizou o Porvir a traduzir um cartaz (escrito em parceria com Dorrit Sorensen) que os professores dinamarqueses colavam em suas salas de aula. Confira.

10 passos para ter mais inovação no ensino e no aprendizado:

1 – Dos horários fixos para as atividades dinâmicas.
Organizar o ensino de maneira mais dinâmica e aproveitar as oportunidades que surgem durante o processo. Fortalecer a improvisação.

2 – Dos conhecimentos adquiridos dentro da sala de aula para aqueles obtidos fora da escola.
O aprendizado ocorre em todos os lugares – na sala de aula e no mundo que nos rodeia. Hoje, as crianças e os jovens obtêm informações de muitas fontes, e a realidade exterior desempenha um papel cada vez maior no ensino e na aprendizagem.

3 – Do conhecimento teórico ao conhecimento aplicado na prática
Os alunos usam o conhecimento teórico como base para a concepção e desenvolvimento de soluções práticas para problemas concretos, realistas.

4 – De respostas certas às perguntas abertas.
Os alunos não devem apenas ser incentivados a dar as respostas certas, mas também a agir como antropólogos, curiosos e repórteres que trazem novos conhecimentos valiosos que podem ser usados para a criação de novas perguntas.

5 – De problemas fictícios para os desafios reais.
Motivar os alunos a explorarem a realidade ao redor, em vez de ficar inventando problemas para serem resolvidos.

6 – Da aprendizagem passiva para uma participação ativa.
Transformar os alunos em agentes ativos, criadores. Eles devem se envolver na geração de novos conhecimentos e novas soluções.

7 – De aprender com a cabeça para aprender com o corpo inteiro.
O ensino deve mesmo inspirar os alunos a tocar, cheirar e mergulhar num assunto em vez de apenas ler um livro ou olhar para uma tela.

8 – De trabalhos individuais para a solução de problemas em conjunto.
Em vez de priorizar o trabalho individual do aluno, colocar um problema no centro de todos eles, para que o conhecimento individual contribua para a resolução em conjunto.

9 – Do professor como especialista onisciente para o professor como facilitador.
O professor deve ajudar a trazer novos conhecimentos em vez de ficar narrando velhos conhecimentos. Ele é responsável por seu método e deve usar técnicas e ferramentas diferentes para ensinar.

10 – Da sala de aula formal a oficina experimental.
A sala de aula deve ser um laboratório para a experimentação, em vez de um ambiente rígido e formal. Elas precisam ser espaços onde os erros são permitidos.

Fonte: http://porvir.org/10-passos-para-inovar-ensino-aprendizado/

Cursos gratuitos nas melhores Universidades.

Alguns cursos são configurados para receber milhares de estudantes e são classificados como MOOCs – Massive Open Online Courses. Em geral, esses cursos não exigem pré-requisitos dos seus participantes e oferecem um ambiente de estudo altamente colaborativo.

Embora o idioma possa ser uma dificuldade para algumas pessoas, é possível encontrar cursos de instituições estrangeiras com o material traduzido ou com vídeos das aulas legendados no nosso idioma.

O acesso ao conteúdo é praticamente livre e gratuito para qualquer pessoa cadastrada nessas plataformas. No entanto, alguns serviços cobram pela emissão de certificados ou por cursos mais avançados (no caso dos programas de especialização).

Também é importante saber que a maior parte dos cursos oferecidos estão em inglês, embora alguns tenham a opção de legenda e material em português e espanhol.

Internacionais 

Massachusetts Institute of Technology (MIT) oferece 232 cursos gratuitos. confira aqui

Harvard University oferece 17 cursos gratuitos, confira aqui

Stanford oferece 32 cursos gratuitos, confira aqui

Nacionais

Empreendedorismo e mercado de trabalho

Relação de cursos EaD para quem quer começar um novo negócio e empreendedores que desejam melhorar o seu desempenho em gestão de empresas.

Informática e tecnologia da informação

Cursos livres para quem deseja aprender a criar apps, desvender os códigos de linguagens de programação e gerenciar sistemas de TI.

Linguagem Brasileira de Sinais

Lista de cursos em vídeo para quem necessita aprender a se comunicar em Libras.

Outros assuntos

Esses canais disponibilizam uma série de cursos online sobre os mais variados assuntos. Acesse os links para conhecer todas as opções disponíveis.

Honestidade em Estocolmo

O professor João Adalberto Guimarães,  brasileiro em um intercâmbio na Europa, entrou numa estação de metrô em Estocolmo, capital da Suécia.
Ele notou que havia, entre muitas catracas normais e comuns, uma de passagem grátis livre.
Então questionou à vendedora de bilhetes o porquê daquela catraca permanentemente liberada, sem nenhum segurança por perto.
Ela, então, explicou que aquela era destinada às pessoas que, por qualquer motivo, não tivessem dinheiro para o bilhete da passagem.
Com sua mente incrédula, acostumada ao jeito brasileiro de pensar, não conteve a pergunta, que para ele era óbvia:
– E se a pessoa tiver dinheiro, mas simplesmente não quiser pagar?
A vendedora, espremeu seus olhos límpidos azuis, num sorriso de pureza constrangedora:
– Mas por que ela faria isso?
Sem resposta, ele pagou o bilhete e passou pela catraca, seguido de uma multidão que também havia pago por seus bilhetes…
A catraca livre continuou vazia.

A honestidade é um dos valores mais libertadores que um povo pode ter. A sociedade que a tem naturalmente certamente está num patamar de desenvolvimento superior.

Cultive este valor e o transmita a seus filhos, mesmo sem esperar o mesmo da sociedade.

Seu mundo muda quando você muda.