“O meu sonho é movimentar toda a aldeia na Educação em Santa Catarina”

Em 2019, NOVA ESCOLA vai publicar entrevistas com os secretários de Educação dos 26 estados e do Distrito Federal para ouvir os planos, perspectivas e as opiniões de quem lidera a pasta pelo país.

O secretário estadual de Educação de Santa Catarina, Natalino Uggioni    Crédito: Reprodução/G1


O secretário estadual de Educação de Santa Catarina, Natalino Uggioni, acredita na ideia de que é preciso uma aldeia inteira para educar uma criança. Durante sua entrevista a NOVA ESCOLA, o secretário citou o provérbio africano várias vezes. “É toda uma aldeia trabalhando pela Educação”, defende ele. “Nesse contexto tem uma vertente que já está dando eco, que é a nossa escola ser querida pelo entorno. Eu falo de pais, empresários, comunidade”.

Para o secretário é preciso que toda a sociedade esteja cada vez mais envolvida com as escolas, de forma que os pais queiram visitar o local de estudo dos filhos sem precisar de convite ou dia marcado – apenas para verificar como andam as coisas e, se for o caso, fazer cobranças. “Venha na escola, frequente as instalações, você não é proibido de entrar no banheiro, de entrar na sala de aula, de olhar o pátio, é aqui que o seu filho passa muitas horas por dia, então nos ajude a cobrar do diretor e dos responsáveis para que essa escola tenha as melhores condições”, convida Natalino Uggioni.

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Por que o professor é fundamental para despertar nos alunos o gosto pela leitura

“Não basta alfabetizar, é preciso ensinar a ler.”

Essas sábias palavras são do Imortal da Academia Brasileira de Letras, bibliófilo, grande incentivador da leitura em nosso país, apaixonado e dedicado à preservação de livros: José Mindlin.

Concordo com ele. Precisamos ir além da alfabetização e criar oportunidades para que nossas crianças possam conhecer tudo o que a leitura de livros pode proporcionar a elas. Criança alfabetizada, que toma gosto pela leitura, descobre um mundo de conhecimentos e tem sua aprendizagem potencializada.

Nos últimos anos, percebi que as escolas onde trabalhei e trabalho estão recebendo mais livros de literatura, ampliando assim seu acervo e o acesso das crianças à leitura. Muitos professores com quem converso Brasil agora me dizem que também estão recebendo mais livros em suas escolas, Muitos deles foram enviados pelo MEC em anos passados, devido a políticas públicas e programas de incentivo à leitura, como o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE).

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Bem-estar do professor melhora o desempenho dos alunos

Os índices de depressão ao redor do mundo aumentaram de maneira alarmante nos últimos 50 anos. A média de idade do primeiro episódio depressivo migrou da fase adulta para o início da adolescência. Pesquisas, como a de McLeod & Fettes, Trajetórias de Fracasso: O percurso educacional de crianças com questões de saúde mental e de Steinberg, A idade da oportunidade: lições sobre as descobertas científicas da adolescência, indicam que comprometimentos na saúde emocional dos adolescentes contribuem para desempenho acadêmico mais baixo, maior porcentagem de faltas, diminuição do autocontrole e maior taxa de evasão escolar. Além disso, outros estudos como o de Nidichi e um grupo de pesquisadores sugerem que a promoção de bem-estar em idade escolar é um fator de proteção contra a depressão na juventude e auxilia no desenvolvimento da criatividade, estimula a coesão social e maior senso de cidadania até a idade adulta. Tais evidências sugerem a necessidade de um modelo educacional que enfatize o bem-estar emocional dos estudantes, priorizando na mesma medida o conteúdo acadêmico.

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