Jones tenta melhorar desempenho

A segunda colocação no GP de Hengelo, domingo, com modestos 11s29
deixou um sabor amargo para a norte-americana Marion Jones em sua
primeira competição na Europa. Nesta quarta-feira, ela volta a
competir no Velho Continente, disputando o GP da Lombardia, na Itália,
determinada a baixar seu tempo e, quem sabe, se aproximar de sua
melhor marca pessoal: 10s65.
‘Vou ser mais rápida que ontem’, garante Jones. ‘Eu preciso vencer
para aumentar minha confiança. É tudo que eu preciso agora’.

Três vezes campeã olímpica, a velocista passou os primeiros meses do
ano sendo excluída pelos organizadores dos meetings europeus por estar
sendo investigada no escândalo da Balco, indústria farmacêutica
acusada de fornecer esteróides a atletas norte-americanos. ‘Nunca
recebi nenhuma ligação individual dizendo que eu não poderia competir.
É injusto o que eles estão tentando fazer’, reclamou Jones,
referindo-se à decisão do Euro Meeting Group de boicotá-la. O grupo é
responsável pela organização de vários eventos esportivos no
Continente.

Depois de competir na Itália, a velocista norte-americana irá
participar do Prefontaine Classic, sábado, completando sua agenda
preparatória para a seletiva norte-americana de 24 de junho. ‘Vou
competir nos 100 e 200m (nas seletivas)’, promete Jones. ‘Este ano,
vou desistir do salto em distância e focar apenas nas provas de
velocidade’.

Etíope garante melhor tempo do ano nos 10.000m

A etíope Werknesh Kidane assegurou a melhor marca nos 10.000m até
agora este ano, registrando o tempo de 30min19s39 para vencer a prova
no Payton Jordan – Aberto dos Estados Unidos. Este foi o melhor tempo
obtido por uma mulher em solo norte-americano e é a 11ª melhor marca
da história da prova.
Nos 5.000m masculino, o também etíope Markos Geneti foi o vencedor com
13min08s59. Sua marca é a melhor na distância este ano. Na versão
feminina da prova, a norte-americana Lauren Fleshman venceu com o
tempo de 15min15s63.

Campeões olímpicos Kluft e Sebrle vencem evento austríaco

No meeting de Gotzis, na Áustria, os favoritos confirmaram sua
condição. Campeões olímpicos e líderes do ranking mundial em suas
provas, Carolina Klüft e Roman Sebrle venceram e renovaram as forças
para o Mundial de Helsinque, em agosto.
Kluft mostrou que, com o braço sem nenhuma lesão, poderia facilmente
atacar a barreira dos 7.000 pontos no heptatlo. Ela chegou a 6.824,
sua terceira melhor performance, atrás apenas do Mundial de Paris-03,
e das Olimpíadas de Atenas-04, quando somou 7.001 e 6.952,
respectivamente.

‘Fiz minhas melhores marcas nas barreiras e nos 800m e igualei minha
melhor marca no salto em altura. Por causa das dores no meu braço, não
consegui mais no arremesso do peso e no lançamento do dardo. Tenho de
estar satisfeita’, analisa Kluft, que já é campeã mundial.

‘Antes de Helsinque, vou fazer mais uma prova de heptatlo na Copa da
Europa, também na Finlândia. Nesse meio tempo, também devo fazer
algumas provas individuais, como salto em distância’, diz.

Ela já é a segunda melhor heptatleta de todos os tempos, com quatro
resultados acima dos 6.800 pontos, superada apenas por Jackie
Joyner-Kersee, com sete.

A britânica Kelly Sotherton foi a segunda colocada em Gotzis, com
6.547 pontos, seguida pela surpresa do campeonato, a norte-americana
Hyleas Fountain, com 6.502.

Masculino – O tcheco Sebrle tentará garantir seu primeiro título
mundial em agosto. E foi exatamente no Mundial de Paris-03, que ele
sofreu sua última derrota no decatlo. Na Áustria, contudo, o decatleta
sofreu forte oposição de Attila Zsivóczky, segundo colocado com 8.480
pontos, contra 8.534 do vencedor. A definição do primeiro lugar veio
apenas na última prova, os 1.500m.