Mestrado em Educação na Uniara foi autorizado pela CAPES

O Centro Universitário de Araraquara – Uniara teve sua proposta de pós-graduação Strictu-Senso, nível de Mestrado, na área de Educação, aprovada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, durante a reunião do Conselho Técnico-Científico da Educação Superior – CTC-ES, realizada entre os dias 29 de julho e 2 de agosto. O programa de Mestrado em Educação segue as linhas de pesquisa em Processos de Ensino, Gestão e Inovação, e deve ser oferecido a partir do próximo ano.
Segundo a coordenadora do Centro Integrado de Ensino e Pesquisa – CiePesquisa da Uniara e vice-coordenadora do Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente da instituição, Helena Carvalho De Lorenzo, essa aprovação “significa o reconhecimento de um esforço de pesquisa de um grupo de professores ligados à educação”. “Constitui a dedicação da instituição em criar condições para esses grupos, existentes há mais de dois anos, funcionarem da melhor maneira possível”, comenta.
Ela conta que a proposta para a montagem do curso de programa de mestrado apresentada em março deste ano à CAPES/MEC, segue duas linhas de pesquisa. “São elas: Gestão Educacional, que visa a estudar a gestão nos diversos níveis – federal, estadual e municipal; e Processos de Ensino, que se preocupa com estudos para a formação de profissionais da educação”, explica.
Helena aponta que o objetivo do programa “é formar pessoal altamente qualificado na área de educação, criando competências de ensino, apoiando melhorias na capacidade de gestão das escolas de todo o país e na qualidade de ensino na educação básica”, completa.
De acordo com coordenadora do curso, Dirce Charara Monteiro, a oportunidade “abre excelentes perspectivas de pesquisa sobre questões importantes na área de educação e, mais ainda, pela natureza do mestrado, oferece a oportunidade de buscar soluções para enfrentar as principais dificuldades identificadas, seja na área de ensino, seja na área de gestão”.
Para a autora do projeto, Alda Junqueira Marin, a importância para a instituição implica na “possibilidade de desenvolver estudos e pesquisas com vários professores e alunos sobre os temas do projeto e, com isso, ampliar o conhecimento da educação escolar, que reverte para os próprios cursos de graduação”. “Além disso, há possibilidades de prestar serviços nessa área para a educação local. É uma oportunidade de ampliar a inserção e o intercâmbio social e acadêmico com a cidade e com a região”, explica.
O reitor da instituição, professor doutor Luiz Felipe Cabral Mauro, afirma que “a conquista é motivo de orgulho e reconhecimento de um trabalho praticado há 45 anos, quando a Uniara se propôs a oferecer ensino que preza pela qualidade para Araraquara e região”.
O curso é destinado a todas as pessoas formadas em educação ou outras graduações semelhantes, que desejam seguir o caminho da docência. Mais informações sobre o processo seletivo serão divulgadas em breve.

Estácio também diversifica negócio

A Estácio, grupo educacional carioca, também está diversificando seu negócio. A companhia está partindo para investimentos em educação continuada.

“Estamos reduzindo nossa exposição ao ensino superior, que é regulado pelo governo”, disse Rogério Melzi, presidente da Estácio. A companhia está focando esforços em pós-graduação, cursos livres e soluções corporativas, com cursos formatados sob medida. “Esperamos que essas três áreas tenham uma participação relevante dentro de cinco a sete anos”, afirmou o executivo.

A Estácio apresentou resultados expressivos no balanço do segundo trimestre, assim como a rival Kroton, que divulgou resultados ontem. O desempenho ficou acima do projetado pelos analistas.

O lucro líquido triplicou e atingiu R$ 46,7 milhões. Essa alta é explicada por três fatores. O primeiro foi o crescimento de 30% na receita líquida, devido ao aumento de 20% na base de alunos e ao reajuste das mensalidades. O tíquete médio dos cursos presenciais cresceu 9,7%, enquanto o do ensino a distância subiu 6%.

Outro ponto que impactou positivamente o balanço do grupo educacional foi a melhora de R$ 7,4 milhões no resultado financeiro, em decorrência do acréscimo de R$ 8,3 milhões no rendimento de aplicações financeiras. Isso porque a companhia está com mais recursos em caixa, resultado da oferta de ações realizada no começo do ano.

O terceiro fator foi o ganho de eficiência no que se refere a custos e despesas. Os custos dos serviços prestados passaram a representar 58,3% sobre a receita líquida, ganho de 4,6 pontos percentuais. Já as despesas comerciais tiveram um ganho de 1,6 ponto percentual e fecharam o segundo trimestre representando 12,6% da receita líquida.

Anhanguera também investe em cursos técnicos

À semelhança de seus pares Estácio e Kroton, a Anhanguera também está diversificando o seu negócio. O grupo educacional paulista planeja oferecer a partir do próximo ano cursos técnicos para atender ao Pronatec, programa do governo federal que concederá bolsas de estudos.

O Pronatec, sancionado pela presidente Dilma Rousseff em 2011, recebeu 4 milhões de matrículas. A Kroton, que anunciou há pouco mais de três meses uma fusão com a Anhanguera, abriu neste semestre matrículas para cursos técnicos do Pronatec. A Estácio não está apostando em cursos técnicos, mas diversifica ao investir em cursos de educação continuada como pós-graduação, cursos livres e corporativos.

A Anhanguera também iniciou neste semestre sete cursos on-line com aulas 100% a distância. Até então, havia apenas um modelo híbrido, em que há aulas presenciais duas vezes por semana e a distância nos demais dias. Ontem, divulgou os resultados do segundo trimestre. Registrou lucro líquido de R$ 34,1 milhões, com aumento de 38,9% em relação a um ano antes.

A receita líquida avançou 11,7%, para R$ 451,7 milhões. Essa alta foi motivada basicamente pelo aumento de 9,1% no número de alunos, que atingiu 459,2 mil em junho. A maior expansão veio dos cursos a distância, cuja demanda cresceu 14,2%.

Já nos cursos presenciais, um dos responsáveis pelo avanço foi o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A companhia encerrou o segundo trimestre com 100 mil alunos apoiados pela linha de crédito do governo federal – isso representa 33% da carteira de estudantes de cursos presenciais de graduação. “Já batemos nossa meta e agora pretendemos chegar no fim do ano com 120 mil”, diz Roberto Valério, presidente da Anhanguera. Esse número é o dobro do registrado em dezembro de 2012. O número total de alunos da companhia é de 459,2 mil.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) teve alta de 24%, para R$ 86,3 milhões, e a respectiva margem ficou em 19,1%, ou seja, 1,9 ponto percentual a mais em relação ao segundo trimestre de 2012.

“A melhora no lucro e Ebitda é resultado, principalmente, do aumento de cinco pontos percentuais na margem do lucro bruto das empresas adquiridas”, explicou José Augusto Teixeira, vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Anhanguera. A margem de lucro bruto das empresas adquiridas pela Anhanguera atingiu 29,3%. A meta, sem prazo definido, é chegar em 50%.

No segundo trimestre, a provisão para devedores duvidosos (PDD) aumentou 6,8% para 8,2% da receita líquida. Essa expansão deve-se ao aumento da inadimplência no fim do ano passado. A companhia provisiona os boletos de mensalidades com atraso de 180 dias, que coincide com o segundo trimestre deste ano.

Publicado em EAD