Brasil terá representante na Spartatlon, na Grécia

A tradicional corrida “Spartatlon”, disputada na Grécia entre as
cidades de Esparta e Atenas, terá um representante brasileiro. Valmir
Nunes percorrerá os 246 quilômetros pela quarta vez na carreira.

A corrida refaz o trajeto do soldado e herói grego Feidípides, quando
foi buscar reforços, durante a guerra entre gregos e persas, no ano de
490 AC.

“É a competição mais difícil do mundo. Poucos atletas conseguem
participar e somente alguns chegam ao final”, disse o corredor
santista de 41 anos de idade. Nunes foi o vencedor da 19ª edição da
Spartatlon, em 2001, com o tempo de 23h18min05s.

Em 2002, ele não conseguiu terminar a prova. “Após 180 km senti muitas
dores e comecei a caminhar. Aí é péssimo, porque o corpo começa a
reconhecer o cansaço e nos obriga a parar”, afirma. No ano seguinte
ele voltou à competição e foi vice-campeão. “Quem gosta deste tipo de
prova tem que ter vontade e persistência”, garante.

Adversários

Em 2005, Valmir terá pela frente fortes adversários, como o alemão
Jens Lukas, atual campeão da prova e terceiro no campeonato mundial de
100 km deste ano, e os austríacos Markus Thalmann e Martin Júri,
respectivamente, segundo e terceiros colocados na Spartatlon de 2004.

“O Lukas foi vice-campeão quando eu venci em 2001. Ele é muito
constante. E os austríacos, assim como os japoneses, são sempre
grandes rivais”, comenta.

Quirino aceita convite e integra seleção de bobsled

Claudinei Quirino resolveu deixar a aposentadoria de lado e aceitou o
convite da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG) para
participar da equipe nacional de bobsled, que busca vaga nas
Olimpíadas de Inverno de Turim (ITA), no ano que vem, de acordo com o
jornal “Diário de S. Paulo”.

Sem nunca ter disputado o esporte, Quirino terá um período de
adaptação nos Estados Unidos. Apenas um brasileiro já disputou a
competição. Matheus Inocêncio competiu nos Jogos de Salt Lake City em
2002.

“Se perceber que me adaptei à prova e posso contribuir com o time, vou
até o fim”, disse Quirino ao jornal paulista. “Participar de mais uma
Olimpíada é um sonho”, acrescentou o atleta de 34 anos.

O convite veio na cerimônia de premiação do cavaleiro Rodrigo Pessoa,
que recebeu o ouro pelas Olimpíadas de Atenas no mês passado. O
acordo, no entanto, só foi selado nesta quinta-feira, com o presidente
da CBDG, Eric Maleson.

Quirino vinha auxiliando o técnico Jayme Netto em Presidente Prudente,
mas diz sentir falta da competição. “Faço este trabalho com orgulho,
mas sinto falta de competir”, diz o velocista brasileiro.

Quenianos dominam maratona de Berlim

A campeã olímpica Mizuku Noguchi foi a vencedora entre as mulheres da
maratona de Berlim – com um novo recorde asiático de 2h19m12s -,
enquanto que entre os homens Phlip Manyim liderou um pódio queniano –
com 2h07m41s – seguido por Peter Chebet e Jackson Koech.

Noguchi não teve rival ao longo da corrida e se impôs na prova
berlinense, deixando suas rivais na luta pelo segundo lugar na qual se
impôs a alemã Luminita Zaituc.

Entre os homens, por outro lado, as coisas só começaram a se resolver
depois da metade da maratona, onde as lebres levaram a um grupo de
ponta cheio de quenianos acompanhados pelo brasileiro Rômulo da Silva,
que foi o único capaz de seguir o ritmo dos africanos.

Então, Manyim conseguiu abrir uma distância para seus perseguidores.
Nos últimos cinco quilômetros, ele desacelerou um pouco, mas ninguém
conseguiu alcançá-lo.

Nos últimos metros era possível ver que o queniano estava correndo no
limite. “Após ficar sentado por três minutos, sinto-me agora um pouco
melhor”, disse Manyim para expressar sua fadiga no final da corrida.

No entanto, entre seus perseguidores o drama era ainda maior.

Jackson Koech, que tinha ocupado o segundo lugar durante os últimos
quilômetros, teve uma crise a poucos metros da fita e teve que deixar
passar Peter Chebet.

A única reação da qual foi capaz Koech foi olhar para trás, para ver
se alguém podia ameaçar seu lugar no pódio. Ao sentir-se seguro, deu o
último impulso e ao chegar à fita recebeu ajuda para não cair.

Essa foi a sétima vitória queniana consecutiva na maratona de Berlim.