Desesperança política 2023

Recebo diariamente o boletim de informações da USP, UNESP, Ufscar e Unicamp. Alguns artigos são bem interessantes e a leitura é bem produtiva. Ultimamente o foco tem sido inclusão, moradia, combate à insegurança alimentar e fome, ativismo negro, diversidade e causas relacionadas às minorias e indígenas. Fico aqui refletindo que a missão dos pesquisadores e estudante são fortalecidas por causas nobres, mostram e traçam caminhos com perspectivas reveladoras para a solução de problemas antigos de nosso povo, porém, não vemos iniciativas governamentais na mesma dose em que as soluções são apontadas. Dura realidade, uma utopia que merece ser revista. Será mesmo que devemos acreditar que há empenho político na busca de soluções ou a vaidade política está acima de tudo e todos?

Tanta “picuinha” impede que o desejo e as necessidades sejam alcançadas e solucionadas plenamente. O poço das ambições políticas é bem maior que as ações necessárias para soterrar nossos vícios políticos e sobreviver a cada novo ciclo e arruinar com o desejo eleitoreiro que segue vendendo ilusões sem soluções, e plantando o ódio entre as classes sociais, permitindo que sejam novamente apontados como a solução de nossos problemas. Assim a roda do vício político no curral eleitoral segue firme. Lamentável, mas verdadeiro.

Essa falta de iniciativa por parte do governo pode estar relacionada com vaidade política e a busca por interesses próprios, em vez do bem comum da sociedade. A constatação de que a política é muitas vezes motivada por ambições pessoais e eleitoreiras, em vez de um compromisso com a solução dos problemas, é lamentável.

Essa situação pode levar a uma sensação de descrença e desesperança em relação à política, mas também pode motivar as pessoas a se envolverem mais ativamente na busca por soluções, seja por meio de iniciativas individuais, de grupos ou de organizações.

Então, mãos à obra! Cuidemos de nós e de tudonque está próximo, desejar melhorar é bom, querer melhorar é ótimo, mas resolver… é impossível!

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E se ‘aquele cidadão’ estiver certo?

O Globo – Carlos Sardenberg

Todas as expectativas pioraram. Esperam-se agora mais inflação e mais juros para este ano e para o próximo

Esse debate em torno de inflação, metas e bancos centrais ocorre no mundo todo. É o tema de capa da última edição da revista The Economist. Em linhas gerais, o problema é o mesmo tanto nos países desenvolvidos quanto nos emergentes: a taxa básica de juros subiu — e continua subindo em muitos lugares —, e mesmo assim a inflação, embora caia, dá sinais de resistência.

O que fazer? Mais juros? Aceitar uma recessão? Ou tolerar uma inflação mais elevada por mais tempo? Nos países desenvolvidos — Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, União Europeia —, a meta de inflação é de 2% ao ano. Discute-se: talvez uma meta informal de 3% esteja de bom tamanho para as circunstâncias.

Quer dizer que o presidente Lula está atualizado com o panorama mundial quando esculhamba o BC, a meta de inflação e os juros de 13,75% ao ano?

Não, não está.

Há uma diferença entre esculachar, sem apresentar soluções amplas de política econômica, e discutir em ambiente democrático e civilizado. Se tomado este último caminho, encontram-se fatos surpreendentes para muita gente aqui no Brasil.

Por exemplo: no debate internacional, o BC do Brasil (BCB) aparece como tendo um dos melhores desempenhos. Os acertos citados: percebeu antes dos outros que a inflação de 2021 não era transitória; em consequência, começou a elevar juros antes dos outros; e, finalmente, conseguiu resultados expressivos.

O BCB começou a subir a taxa básica de juros (a Selic) em março de 2021, quando a inflação mensal se aproximou de 1%. Foi um ano difícil: a Selic subiu de 2% para 9,25% em dezembro, enquanto a inflação permanecia elevada mês a mês, chegando a um pico de mais de 12% em 12 meses. Terminou em 10,06%, bem acima do teto da meta.

Em 2022, o BCB continuou puxando a Selic, alcançando 13,75% em agosto. A inflação finalmente cedeu. É verdade que preços-chaves — combustíveis, energia — foram derrubados via redução de impostos. De todo modo, ela fechou o ano em 5,79%, um pouco acima do teto da meta (5,0%)

Nota The Economist: a alta da Selic “derrubou a inflação de 12% para 5,8%, a maior queda entre os emergentes”. Todos continuam subindo seus juros e ainda com inflação elevada. No Chile e na Colômbia, ela é mais do que o dobro da brasileira.

Mais importante para o Brasil: em meados de 2022, ficou claro que a trajetória da inflação era descendente. Os agentes econômicos esperavam queda contínua para 2023 e 2024, conforme expresso no Boletim Focus, um relatório que resume as opiniões do mercado, de fora do BC. Tanto que essas mesmas expectativas sugeriam o início da redução da Selic para meados deste ano. Por esses dados, o BCB acertaria a meta de inflação ao longo de 2024, isso indicando uma estratégia de médio prazo. Como outros BCs estão fazendo.

O cenário brasileiro parecia estar nos trilhos até que o governo Jair Bolsonaro detonou os gastos para tentar ganhar a eleição. Apareceu o risco de desajuste das contas públicas, piorando as expectativas, como notaram os relatórios do BCB. A coisa desandou na formação do governo Lula, com a aprovação da PEC que consagrou o aumento de gastos para 2023 — prevendo déficit de mais de R$ 200 bilhões — e derrubou o teto de gastos sem colocar nada no lugar. Terminou de piorar quando Lula iniciou a guerra contra “esse cidadão” do BC e o regime de metas, a favor de uma inflação mais alta.

Todas as expectativas pioraram. Esperam-se agora mais inflação e mais juros para este ano e para o próximo. A Selic ficando mais tempo em 13,75%. Claramente, Lula conseguiu piorar as coisas. Já estava em curso aqui e lá fora o debate sobre a flexibilização das metas, como defendiam muitos economistas da academia e do mercado. Mas não desse jeito truculento e, sobretudo, sem uma regra que limite o crescimento da despesa e da dívida públicas. A regra é uma promessa. O aumento de gastos já está aí.

Síndrome Apeced. Pesquisadores da USP desempenham papel importante no tratamento

A síndrome APECED (acrônimo em inglês para “Autoimmune Polyendocrinopathy-Candidiasis-Ectodermal Dystrophy”) é uma doença genética rara que afeta vários sistemas do corpo humano, incluindo o sistema endócrino, imunológico e ectodérmico.

A síndrome APECED é causada por mutações no gene AIRE, que é responsável pela produção de uma proteína que desempenha um papel importante no desenvolvimento e na regulação do sistema imunológico. A falta dessa proteína resulta em um sistema imunológico hiperativo que ataca erroneamente os tecidos do próprio organismo.

Os sintomas da síndrome APECED podem incluir problemas autoimunes que afetam as glândulas endócrinas, resultando em deficiência hormonal, bem como infecções crônicas por Candida, que podem afetar a pele, unhas e membranas mucosas. A doença também pode causar outras complicações, como problemas dentários, problemas de visão e perda de cabelo.

O tratamento para a síndrome APECED é sintomático e pode incluir a reposição hormonal, tratamento de infecções fúngicas, além de medidas preventivas para minimizar as complicações associadas à doença. Como a síndrome APECED é uma doença rara, o acompanhamento médico especializado é importante para um diagnóstico e tratamento adequados.

Leia mais em https://jornal.usp.br/ciencias/pesquisadores-elucidam-mecanismo-de-mutacao-genetica-causadora-de-doenca-autoimune-rara/