Homem Virtuviano

O nome “Homem Vitruviano” se refere ao arquiteto e escritor romano Vitruvius, que viveu no século I a.C. e é conhecido por seus tratados sobre arquitetura e engenharia. Em um de seus livros, intitulado “De Architectura” (ou “Sobre Arquitetura”), Vitruvius escreveu sobre a importância da proporção no design arquitetônico e descreveu como o corpo humano poderia servir como uma referência para essas proporções ideais. Ele argumentou que os edifícios deveriam ser construídos de acordo com as proporções do corpo humano para serem esteticamente agradáveis e funcionais.

Leonardo da Vinci, que era um artista, inventor e cientista renascentista, ficou fascinado pela ideia de Vitruvius e criou sua famosa ilustração do Homem Vitruviano para mostrar as proporções do corpo humano e como elas poderiam ser usadas no design arquitetônico. A ilustração é uma combinação de matemática, arte e ciência, e tornou-se uma das imagens mais icônicas do Renascimento.

As proporções do Homem Vitruviano são baseadas nas teorias do arquiteto romano Vitruvius, que escreveu que um edifício era considerado bem proporcionado quando seu design refletia as proporções ideais do corpo humano. De acordo com o desenho de Da Vinci, o corpo humano deve ser dividido em oito partes iguais, da cabeça aos pés. O umbigo é o centro do corpo e, quando os braços e pernas são estendidos, suas pontas tocam a circunferência do círculo e as bordas do quadrado.

Embora as proporções do Homem Vitruviano não sejam precisas para todos os corpos humanos, o desenho de Da Vinci influenciou a arte, a arquitetura e a anatomia por séculos, fornecendo uma maneira visualmente atraente de descrever as relações antropométricas do corpo humano.

Os valores antropométricos (medidas do corpo humano) variam de acordo com fatores como idade, sexo, altura, peso e etnia. Portanto, não há valores antropométricos específicos que se apliquem a todos os homens medianos.

No entanto, algumas medidas antropométricas que são frequentemente coletadas incluem:

  • Altura: para homens adultos, a altura média é de cerca de 1,75 metros.
  • Peso: para homens adultos, o peso médio varia de acordo com a altura e outros fatores, mas pode estar na faixa de 70 a 85 quilogramas.
  • Circunferência da cintura: a circunferência da cintura é uma medida importante para avaliar o risco de problemas de saúde, como diabetes e doenças cardíacas. A circunferência média da cintura para homens adultos varia de acordo com a altura, mas geralmente é de cerca de 94 centímetros.
  • Comprimento do braço: o comprimento do braço pode ser usado para avaliar a capacidade funcional e outras características físicas. O comprimento médio do braço para homens adultos é de cerca de 61 centímetros.
  • Comprimento do pé: o comprimento do pé pode variar bastante, mas o comprimento médio do pé para homens adultos é de cerca de 26 centímetros.

Novamente, esses valores são apenas médias e podem variar de acordo com muitos fatores individuais.

Sódio e envelhecimento

Sódio sérico alto na meia-idade como fator de risco para envelhecimento biológico acelerado, doenças crônicas e mortalidade prematura.

The Lancet – 03/01/2023

Sabe-se que algumas pessoas envelhecem mais rápido do que outras, algumas vivem a velhice sem doenças, enquanto outras desenvolvem doenças crônicas relacionadas à idade. Com uma população envelhecendo rapidamente e uma epidemia emergente de doenças crônicas, encontrar mecanismos e implementar medidas preventivas que possam retardar o processo de envelhecimento tornou-se um novo desafio para a pesquisa biomédica e para a saúde pública. Em camundongos, a restrição hídrica ao longo dos anos encurta o tempo de vida e promove alterações degenerativas. Aqui, testamos a hipótese de que a hidratação ideal pode retardar o processo de envelhecimento em humanos.

Realizamos uma análise de coorte dos dados do estudo Atherosclerosis Risk in Communities com inscrição de meia-idade (45–66 anos, n = 15.752) e 25 anos de acompanhamento. Utilizamos o sódio sérico, como proxy dos hábitos de hidratação. Para estimar a velocidade relativa do envelhecimento, calculamos a idade biológica (BA) a partir de biomarcadores dependentes da idade e avaliamos os riscos de doenças crônicas e mortalidade prematura.

A análise mostrou que o sódio sérico na meia-idade:

⁃ acima de 142 mmol/l está associado a um risco 39% maior de desenvolver doenças crônicas (taxa de risco [HR] = 1,39, intervalo de confiança de 95% [CI]: 1,18–1,63) e

⁃ maior que 144 mmol /l com risco elevado de 21% de mortalidade prematura (HR = 1,21, IC 95%:1,02–1,45).

⁃ Sujeitos com sódio sérico acima de 142 mmol/l tiveram até 50% mais chances de serem mais velhas do que sua idade cronológica (OR = 1,50, 95% CI:1,14–1,96). Uma AB mais alta foi associada a um risco aumentado de doenças crônicas (HR = 1,70, IC 95%:1,50–1,93) e mortalidade prematura (HR = 1,59, IC 95% 1,39–1,83).

As descobertas deste e de estudos anteriores são consistentes com a hipótese de que a diminuição da hidratação pode acelerar o envelhecimento. Os resultados sugerem que as pessoas cujo sódio sérico excede 142 mmol/l podem se beneficiar de uma avaliação clínica mais completa de seu estado de hidratação, incluindo hábitos de ingestão de líquidos e condições patológicas que podem predispor a um aumento nas perdas de água. Os resultados justificam o teste de possíveis efeitos antienvelhecimento da hidratação aprimorada em ensaios intervencionistas e apóiam a adição de recomendações para a ingestão ideal de líquidos nas diretrizes de prevenção.

Artigo em https://www.thelancet.com/action/showPdf?pii=S2352-3964(22)00586-2

Lições da derrota

Falar da derrota na Copa, é lembrar que realmente ela faz parte, aprendemos com ela… será que aprendemos mesmo? Afinal, não é a primeira, segunda, terceira… foram várias derrotas como essa! Mas essa foi em uma época diferente e cada uma tem suas particularidades.
Penso que o futebol brasileiro continua errando pela falta de um trabalho que mude “o capital cultural” de todos os envolvidos – “todos”, os dirigentes, técnicos, jogadores e torcedores que pensam que “o capital financeiro supera todas as dificuldades”. Mentira, continuamos tirando grandes dividendos individualmente, sendo medíocres coletivamente, tentando mudar a postura fazendo cortes de cabelo únicos, usando brilhantes nas orelhas, tatuando o corpo todo e sofrendo passando uma mensagem de êxito e sucesso, e no convívio coletivo, querendo sempre roubar a atenção individualmente. Nosso herói seria Neymar! Tite foi roubando a cena aos poucos com sua fala complicada sobre a simplicidades de um sistema tático… e até achamos legal! Mentira.

Comparar com outras culturas e/ou países é complicado. Fracassamos sempre na estrutura inicial, na linha de produção que é economicamente viajar, de baixo custo e lucros exorbitantes. Mas, se não investir profissionalmente e tiver assistente social, educação básica, acompanhamento médico, nutricional e apoio psicologico para quem busca o sucesso – em qualquer profissão, sempre ficaremos desfilando mascarados de heróis fragilizados, justamente aquilo que não deveríamos ser no esporte. E fazemos de conta que somos representados por heróis, aí que vem a frustração e as maiores decepções, pois buscamos no sucesso de outros a nossa felicidade, e aquilo que deveria ser apenas diversão, lazer e torcida, se torna a razão de viver em um período de esquecimento de nossas dificuldades particulares. Buscamos ser figurantes naquile filme que acreditamos que vai levar o Oscar! E, se isso não acontecer, pela dedicação de tempo e dinheiro, sentimos uma tremenda raiva e buscaremos culpados.

Na verdade culpado somos nós, que acreditamos na realização de um sonho coletivo que não chega. Plantamos a vitória sem ao menos analisar a trajetória até os objetivos pretendidos. Acreditamos na fala de vendedores da mídia especializada que criam projetos fictícios para receber suas comissões de participação na venda da audiência necessária à suas realizações. Enfim, o filme acabou, saímos com aquele gosto de que “poderíamos mais que isso”, mas precisamos aceitar que há outros protagonistas e figurantes que também pagam pelo mesmo valor moral e cultural. Afinal, não somos os únicos ou os melhores no futebol. Aceitar faz parte, viver a própria vida é uma obrigacao necessária.

Então, que tal ser protagonista de nossa própria história? Bem-vindo à realidade, pois a diversão acabou e a vida segue!