Gestão escolar tem papel decisivo nas políticas de diversidade

O envolvimento e um projeto de gestão que considere a diversidade étnico-racial como um eixo fundamental do trabalho pedagógico são decisivos no processo de implementação destas temáticas no cotidiano escolar. Mais do que o acréscimo de conteúdos, a diversidade étnico-racial deveria ser critério de qualidade do trabalho desenvolvido nas escolas. A Pesquisa Nacional (Gomes, 2012) sobre o processo de implementação das leis e normativas encomendada pela Unesco e MEC demonstrou que o envolvimento da gestão é condição fundamental para o desenvolvimento de um trabalho contínuo e de maior enraizamento sobre o tema. A pesquisa também apontou que estes resultados são também mais expressivos quando a gestão é democrática e conta com a participação da comunidade externa à escola.

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“Educação de qualidade para poucos não é qualidade”

“O Brasil é muito desigual para a gente falar somente sobre a média dos estudantes. Se você não toma cuidado, você vai escondendo uma realidade”, afirma o professor José Francisco Soares. Ele está à frente de um projeto ambicioso que tem como meta exatamente tirar a invisibilidade da desigualdade que pesa sobre os indicadores educacionais. “É preciso colocar a ideia de desigualdade no centro do debate educacional porque não interessa, em um país como o nosso, termos poucos que sabem muito e muitos que sabem pouco”.

Indicador de Desigualdades e Aprendizagens (IDeA), lançado pela Fundação Tide Setubal e por pesquisadores em Educação, foi calculado para os municípios brasileiros e centra seu foco nos alunos que concluíram o 5° e o 9° anos do Ensino Fundamental. Ele aponta o nível de aprendizagem e também a desigualdade de aprendizagem entre grupos sociais – ou seja, por recortes de nível socioeconômico, raça ou gênero. Os dados são tirados da Prova Brasil, no período de 2007 a 2015, medindo o desempenho dos estudantes em Língua Portuguesa e Matemática. A ideia é que o indicador seja “abraçado” por instituições, governos, secretarias, da mesma forma que aconteceu com o Índice de desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), calculado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

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O Brasil está mais ansioso. E você, professor?

Quando o assunto é ansiedade, o Brasil é líder no continente latino-americano. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a ansiedade atinge 18,6 milhões de brasileiros, o equivalente a 9,3% da população. As mulheres sofrem mais ansiedade que os homens: 7,7% delas são ansiosas, enquanto que, entre o público masculino, a porcentagem cai para 3,6%. Frente a tais dados, cabe refletir como esse transtorno pode afetar a vida de professores e estudantes.

Ser professor no Brasil implica muitas vezes em trabalhar em mais de uma escola, gerenciar o comportamento em sala de aula, equilibrar o excesso de tarefas, atuar por longas horas, lidar com o desrespeito e atentar-se às necessidades acadêmicas e emocionais de cada aluno, fatores que podem causar ou intensificar a ansiedade. Nos alunos, a ansiedade pode se manifestar por insegurança extrema diante de avaliações, excesso de perguntas, perfeccionismo e sensibilidade em relação ao comportamento ou aos comentários de outros alunos.

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