A festa do nosso dinheiro no Pan: por J. Kfouri

[Comentários do jornalista J.Kfouri em seu Blog]

A festa com o nosso dinheiro no Pan

O relatório do Tribunal de Contas da União sobre os gastos públicos no Pan-2007,
divulgado hoje, é ainda parcial, porque faltam dados não só do Ministério do
Esporte como também das diversas estatais que apoiaram o evento.

O Ministério tem 30 dias para apresentar suas contas definitivas e as
estatais, 15.

Seja como for, há dados que dão a medida do descalabro cometido com o seu, o
meu, o nosso suado dinheirinho.

Sabe quanto custou aos cofres públicos a diária de cada atleta hospedado na Vila
Pan-Americana?

A incrível quantia de R$ 1.137, 00 por dia, repita-se, algo muito superior ao
que cobram os melhores hotéis cariocas, como, aliás, o relatório faz questão de
observar.

Mas há muito mais.

O documento faz referências a gastos "despropositados" e volta a mencionar o
escândalo cometido com o sistema de credenciamento, originalmente orçado em R$
55.000,00 e que chegou à casa, pasme, de nada mais nada menos do que 26,7
milhões de reais.

O cálculo, repita-se, ainda parcial estima em 3,3 bilhões de reais o total de
dinheiro público gasto no evento, alguma coisa de assombroso numa competição da
terceira divisão internacional e de apenas duas semanas.

Lembremos que, segundo o orçamento inicial, os gastos públicos seriam da ordem
de R$ 523,84 milhões.

Há casos ainda como os de materiais importados, dardos, varas de salto e
material para o taekwondo, encontrados pelos fiscais do TCU nos depósitos do
Comitê Olímpico Brasileiro, que simplesmente não foram usados porque chegaram ao
país depois do fim dos Jogos.

Não é mesmo de se tirar o chapéu para Carlos Nuzman e Orlando Silva?

Conselho de Educação Básica da Capes elabora minuta de decreto para criar sistema de formação

Conselho de Educação Básica da Capes elabora minuta de decreto para criar
sistema de formação

Instrumento legal possibilitará criar uma rede de formação a partir da
oferta de instituições públicas de ensino superior – federais, estaduais e
municipais

Faltam 246 mil professores nas redes públicas de educação básica, de acordo
com dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(Capes).

Este é o principal tema em discussão pelo Conselho Técnico Científico da
Educação Básica, que estuda a elaboração de uma minuta de decreto
presidencial para instituir o Sistema Nacional de Formação de Professores. O
instrumento legal possibilitará criar uma rede de formação a partir da
oferta de instituições públicas de ensino superior – federais, estaduais e
municipais.

O Conselho, criado em fevereiro deste ano, tem, entre outras atribuições, as
de discutir, propor e acompanhar as novas políticas para a formação de
professores, como a oferta inicial e continuada. Nesta quarta-feira, 24, o
Conselho realizou, em Brasília, sua quinta reunião, para discutir a formação
de qualidade dos profissionais que atuarão ou que já estão em exercício na
educação básica.

Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, a União precisa tratar essa
questão como um eixo estratégico. De acordo com Haddad, o decreto permitirá
alinhar as ações do ministério que repercutem na formação e contribuir para
um regime de cooperação sólido entre os governos federal, estaduais e
municipais.

"É preciso expandir as licenciaturas e pedagogias e organizar a formação
continuada de maneira coerente", propôs o ministro aos membros do conselho –
composto por 30 integrantes, entre doutores, especialistas, professores e
dirigentes educacionais da Capes e do MEC.

O ministro disse que a expansão das redes federais de ensino superior e de
educação profissional e tecnológica levará a todo o país mais de 400 pólos
federais de formação inicial com a oferta de cursos de licenciatura e
pedagogia. "Fora os pólos da UAB (Universidade Aberta do Brasil) que são
mantidos por estados e municípios", lembrou Haddad, em relação à oferta de
educação a distância.

O ministro sugeriu que o Conselho discuta a elaboração da minuta do decreto
com urgência para que o documento possa ser colocado em discussão antes de
ser aprovado pelo presidente da República. "Temos que estabelecer um prazo
para a que o texto receba subsídios que nortearão o decreto presidencial. A
sociedade precisa se apropriar dessa conquista", recomendou. A minuta deve
ficar pronta nas próximas semanas.

Paralelamente à discussão do texto pela sociedade, o ministro pediu que o
Conselho debata a formação de professores para as séries iniciais do ensino
fundamental e para a educação infantil.

O Conselho Técnico Científico da Educação Básica faz parte das atribuições
da Nova Capes, cujas atribuições estão previstas na Lei n° 11.502, de 11 de
julho de 2007. Essa lei permitiu à agência ampliar sua missão e atuar na
formulação de políticas públicas para a qualificação de professores de
ensino básico.

(Assessoria de Comunicação Social)

Sei que estou limpo, afirma Usain Bolt

NOVA YORK (Reuters) – O jamaicano Usain Bolt, que estraçalhou o
recorde mundial dos 100, 200 e 4 x100 metros na Olimpíada de Pequim,
rejeitou na sexta-feira as insinuações de que sua repentina supremacia
seja resultado do uso de doping.
"Sei que estou limpo. Trabalho duro pelo que quero", disse ele à
Reuters por telefone.

O velocista de 1m96 de altura correu os 100 metros em Pequim em 9s69,
tirando mais 0s03 do seu recorde anterior, feito em 31 de maio em Nova
York. Até então, ele havia corrido os 100 metros poucas vezes, e seu
desempenho tem deixado alguns observadores intrigados.

Carl Lewis, ganhador de nove ouros olímpicos – um deles "herdado" do
canadense de origem jamaicana Ben Johnson, desclassificado por doping
em Seul-88 -, manifestou dúvidas sobre Bolt numa recente entrevista à
revista Sports Illustrated.
"Ainda estou trabalhando com o fato de que ele diminuiu de 10 cravados
para 9,6 em um ano", disse Lewis. "Acho que há algumas questões…
Países como a Jamaica não têm um programa de aleatórios, então eles
podem passar meses sem serem testados."
Bolt acha que tais especulações são normais na sua condição. "Sei do
que ele falou. Para mim, realmente não importa, muita gente andou
dizendo isso. Quando se corre os 100 metros, é isso que dá. Desde que
você seja rápido começam a falar isso."
"É como uma tendência. Estou tentando mudar isso. É ruim para a imagem
do esporte. Carl Lewis pode falar o que quiser. Essa é só a opinião
dele."

Bolt disse que seus recordes nos 100 metros são resultado de treinos
árduos. "Os 200 também é de explosão, essa é a chave. A única coisa
que eu tive de fazer foi acertar a minha largada, e acertei a minha
largada. Por isso que os meus 50 metros finais são tão bons, porque eu
tenho velocidade e resistência."

O atleta de 22 anos também negou que não seja submetido a exames
regulares em seu país. "Claro que somos testados no Caribe. Eles
gostam de chegar em casa de manhã cedo. Não é legal levantar às 6h, 7h
da manhã, quando você está tentando aproveitar o sono. Mas sei para
quê é, e é justo. Somos testados o tempo todo".

"Quando você está entre os 20 melhores do mundo, é testado
aleatoriamente. Eles acabam sabendo do seu paradeiro", acrescentou.
Ele disse que continuará nas provas de 100 e 200, mas no futuro
provavelmente passará também aos 400. "Mas isso é muito trabalho, não
estou preparado", disse.

E o jamaicano afirmou também que já está pensando em defender os
títulos em Londres-2012. "Estarei em Londres. Tomara que não faça
frio. Estou ansioso. Vou ser campeão de novo, terei 26 anos. Tenho
muito tempo em minhas mãos. Tudo o que tenho a fazer é permanecer
focado, treinar duro e estar pronto."


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