Jadel Gregório leva a prata e andré domingos é 7o.

Jadel Gregório conquistou na sexta-feira a medalha de prata no salto
triplo da Final Mundial de Atletismo, evento que reúne ao final de
cada ano os atletas melhores colocados no ranking mundial de cada
prova.

Jadel saltou 17m32, ficando atrás apenas do cubano Yoandri Betanzos,
com 17m46. A medalha de bronze foi para o norte-americano Walter
Davis, com 17m23.

Nos 200 metros, o norte-americano Tyson Gay registrou o tempo de
19s96, superando o colega de equipe e campeão mundial Justin Gatlin.

O jamaicano Christopher Williams terminou em segundo com 20s19, e o
Wallace Spearmon, dos EUA, levou o bronze com 20s21. Gatlin ficou
apenas em quarto.

“Foi uma grande corrida”, disse Gay. “Depois de terminar em quarto no
Mundial eu estava motivado para fazer o meu melhor”.

O brasileiro André Domingos terminou na sétima colocação nos 200 m
rasos na Final Mundial, que reúne os melhores do ano em Monte Carlo,
no principado de Mônaco. Além dele, outro atleta do país competiu
nesta sexta-feira, Jadel Gregório, medalha de prata no salto triplo.

Décimo segundo colocado no ranking mundial da prova, André Domingos
registrou o tempo de 20s81 para cruzar a linha de chegada na sétima
posição. Sua melhor marca no ano foi 20s53, conquistada em junho, em
São Paulo.

A decepção ficou por conta do norte-americano Justin Gatlin, que se
sagrou campeão da prova no Mundial de Helsinque, na Finlândia, em
agosto. Ele encerrou apenas em quarto, com o tempo de 20s25, mas não
ficou desapontado. “Foi uma grande temporada para mim. Corri com muita
qualidade neste ano.”

Quarto no Mundial, o também norte-americano Tyson Gay foi o grande
vencedor em Mônaco, com 19s96. “Foi uma grande prova. Depois de
Helsinque, eu me motivei ainda mais.”

O jamaicano Christopher Williams foi o segundo, com 20s19, apenas 0s02
à frente de outro atleta dos EUA, Wallace Spearmon, que havia
conquistado a medalha de prata no Mundial de Helsinque e ainda detém a
melhor marca do ano na prova, com 19s89.

No entanto, as marcas conquistadas em Mônaco ficaram distantes do
recorde mundial, que já dura nove anos. Em 1º de agosto de 1996,
Michael Johnson, dos EUA, cravou 19s32, tempo que ainda não foi
superado por nenhum outro velocista.

CAS rejeita apelo e deixa Vanderlei sem o ouro em Atenas

O sonho do brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima em ganhar a medalha
de ouro da maratona dos Jogos Olímpicos de Atenas acabou
definitivamente nesta quinta-feira. A Corte de Arbitragem do Esporte
(CAS), instância máxima da justiça desportiva mundial, rejeitou o
pedido do atleta.

A decisão da CAS já era esperada. O pedido de Vanderlei e do Comitê
Olímpico Internacional era que o brasileiro fosse agraciado com a
medalha de ouro sem que o italiano Stefano Baldini, vencedor da prova,
perdesse o seu título. O caso já tinha sido julgado pela Associação
Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), que não aceitou o
pedido brasileiro.

No comunicado sobre a decisão, a CAS afirmou que “não existe poder
nesta instância para remediar sua legítima frustração.
Conseqüentemente, a CAS confirma a decisão tomada pela IAAF em 29 de
agosto de 2004, o que significa que os resultados da maratona jogos
Jogos Olímpicos de Atenas permanecem inalterados.”

Vanderlei queria a medalha de ouro porque foi agarrado pelo padre
irlandês Cornelius Horan quando liderava a maratona em Atenas. Ajudado
pelo grego Polyvios Kossivas, Vanderlei conseguiu voltar à prova e
acabou terminando em terceiro lugar, conquistando a medalha de bronze.

“A reversão era algo muito difícil, não dependia de mim. Fiquei apenas
na torcida. Mas em nenhum momento fiquei em cima disso. A superação na
Olimpíada e o reconhecimento das pessoas pesam mais”, disse o atleta.

Vanderlei brasileiro foi ouvido pela Corte no começo de junho. Os
advogados Sérgio Mazzillo e Marcelo Franklin, responsáveis pela
representação jurídica dos apelantes, concentraram sua exposição na
suposta quebra de regulamento da IAAF, que não teria proporcionado a
segurança adequada ao primeiro colocado.

Para sustentar o argumento, Mazzillo e Franklin contaram com o
depoimento de cinco peritos, na seguinte ordem: Ricardo D’Angelo, Luís
Antonio dos Santos (maratonista), Carlos Cavalheiro (treinador),
Rodolfo Eichler (medidor da Associação Internacional de Maratonas e
Corridas de Rua) e Paul McKinnon (segurança, Austrália). Além desses
especialistas em corridas, o ‘anjo grego’ Polyvios Kossivas serviu de
testemunha.

O caso foi julgado por três membros indicados pelos envolvidos. O COB
e Vanderlei indicaram o advogado suíço Jean Pierre Morand. A IAAF
nomeou o canadense Richard Mclaren e a CAS indicou o advogado sueco
Haj Hobér.

O ataque de Cornelius Horan transformou Vanderlei Cordeiro de Lima em
celebridade. Até mesmo o primeiro-ministro do Japão, Junichiro
Koizumi, fez questão de se encontrar com o maratonista. A história
também será transportada para o cinema.