Como está a escolarização no Brasil

Mapa do ensino superior

Taxa de escolarização líquida cai

O estudo do ensino superior brasileiro, preparado pelo Instituto Semesp, confirma o crescimento do EAD em 2020, e nisso a pandemia ajudou a consolidar esse modelo, e evidencia a queda das matrículas presenciais. Ao olhar os números, vê-se que o setor andou de lado nesse ano, mas a subida do EAD traz uma preocupação: o público ainda não é o jovem, embora comecem a aparecer sinais de adesão. Mas a taxa de escolarização liquida cai e o país fica numa situação delicada para ter trabalhadores capazes de suprir a mão de obra especializada que a indústria tanto reclama.

A seguir, alguns dados, mas vale uma conferida na obra de 330 páginas e que traz um estudo detalhado do setor da saúde e os dados dos estados brasileiros. O total de matrículas cresceu 0,9% de 2019 para 2020, queda de 50% em comparação ao período anterior, quando as matrículas tinham aumentado 1,8%

Número de IES diminui

De 2019 para 2020, primeiro ano da crise sanitária, houve uma queda de apenas 5,8% no total de instituições de ensino superior no país, com decréscimo de 6,6% na rede privada. Ainda assim, 87,6% das IES brasileiras são particulares, concentrando 77,5% das matrículas de graduação.

4,2% das IES são universidades

81,4% das IES privadas são classificadas como faculdades, ou seja, são instituições com enfoque em formações específicas de uma área. Apenas 4,2% das IES da rede privada são consideradas universi-dades, com um portfólio de cursos mais abrangente. Na rede pública, 36,8% das IES são classificadas como universidades.

3% das IES têm 59,6% dos alunos

As IES de porte pequeno seguem sendo a maioria no país. Na rede privada representam 80,7% das ins-tituições. Narede pública são 36,7%. As IES de porte gigante, com mais de 20 mil matrículas, representam apenas 3% da rede privada e 15,5% na rede pública. As mantenedoras de porte gigante acumula 59,6% das matrículas do país, contra 10,9% das IES de pequeno porte, apontando uma concentração do setor na mão de poucas instituições.

Polos ajudam EAD

Depois de subir 14,0%, o número de polos entre 2020 e 2021 desacelerou em 2022,com um aumento de 1,1% na rede privada, que segue controlando as matriculas da modalidade (91,2%).

O freio da pandemia

Com o acréscimo de apenas 1,8% das matrículas de 2018 para 2019, o país registrou um aumento ainda menor de 2019 para 2020,de 0,9%, um provável resultado do primeiro ano da pandemia da Covid-19. O aumento tímido no total das matrículas em 2020 foi puxado por uma queda de 6,0% de alunos na rede pública, que demorou a adotar o ensino remoto emergencial. Mesmo com a pandemia, a rede particular registrou um aumento de 3,1% nas matrículas no periodo, puxada pela modalidade EAD. Segundo projeções feitas pelo Instituto Semesp com base na Pnad Contínua do IBGE, 2021 deve registrar uma queda de cerca de 7,0% no total das matrículas.

No Sudeste, quase 50%

São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro concentram 42,8% das matrículas do ensino superior do país. Rondônia é o estado com maior percentual de alunos em IES privadas (86,0%), seguido pelo Amazonas (84,7%) e Pará (84,4%), os três da região Norte. O Rio Grande do Norte é o estado com menor percentual de alunos matriculados na rede privada, 57,8%.

Poucos negros

Arede privada registrou um aumento de 1,4 ponto percentual de alunos da raça negra de 2013 para 2020. Na rede pública, esse crescimento foi um pouco maior, 2,3 pontos percentuais, resultado da Lei de Cotas.

EAD está na IES particular

94,9% dos alunos de EAD estão em IES particulares. De 2019 para 2020, a modalidade registrou crescimento de 26,8% das matriculas: 28,6% de acréscimo na rede privada e queda de 0,2% na rede pública.

Cai presencial

72,7% dos ingressantes de 2020 entraram em uma IES da rede privada. Mas houve queda de 15,6% no número de calouros nos cursos presenciais de 2019 para 2020. Na rede pública, o decréscimo foi de 9,1%.

Caiingressante de até 24 anos

De 2019 a 2020, o número de ingressantes até 24 anos de idade em cursos presenciais caiu 13,9%: 16,5% na rede privada e 7,7% na rede pública. 69,0% desses novos alunos estão na rede particular.

Historicamente, o público mais jovem tem preferência pela modalidade presencial e pode ter optado por adiar o ingresso no ensino superior em virtude da pandemia. Os ingressantes da faixa etária até 24 anos representam 67,9% no total de novos alunos em cursos presenciai.

EAD segura queda

As matriculas no EAD aumentaram 7,7% de 2019 para 2020, saltando de 19,1% para 26,8%. Com queda de 3,8% em 2019, as matrículas presenciais diminuiram mais 5,6%, chegando a uma baixa de 9,4% em 2020.

Do 1° semestre de 2021 (até maio), comparando com o mesmo período de 2020, houve queda de 16,8%, resultado da redução de 20,2% para cursos presenciais e aumento de 20,8% para cursos EAD.

Menos jovens de 18 a 24anos

Diminui a população de jovens de 18 a 24 anos: 2,4% de 2019 para 2020. Isso tem se refletido no arrefecimento das matrículas e de ingressantes no ensino superior dessa faixa etária: diminuição de 4,9% das matrículas e redução de 6,1% no número de ingressantes de jovens entre 18 e 24 anos.

Diabetes – exercício protege rins contra danos da doença

Exercício protege rins contra danos da diabetes, mostra estudo brasileiro.

Efeito foi associado à liberação do hormônio irisina durante as atividades físicas, que por sua vez ativa uma enzima que protege os órgãos

Uma rotina de exercícios físicos pode proteger os rins de danos provocados pela diabetes, mostra um estudo de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), publicado na revista científica Scientific Reports. De acordo com o trabalho, isso acontece pela liberação da irisina, um hormônio liberado pelo tecido muscular durante a prática de atividades físicas.

“Nós constatamos que o exercício aeróbico está associado a um aumento da irisina muscular na circulação sanguínea e também nos rins, conferindo nefroproteção”, explica o médico José Butori Lopes de Faria, do Laboratório de Fisiopatologia Renal e Complicações do Diabetes da Faculdade de Ciências Médicas (FCM-Unicamp), que orientou o estudo, em comunicado. 

Os cientistas explicam que a progressão da diabetes leva a lesões nos vasos sanguíneos, artérias e veias que irrigam os rins, podendo causar um quadro de insuficiência renal crônica. Eles decidiram, então, testar os efeitos dos exercícios físicos para evitar esse problema. 

Para isso, eles analisaram ratos separados em três grupos: um de animais saudáveis, para controle; o segundo de animais diabéticos sedentários e o terceiro de indivíduos com diabetes que praticavam treinamento físico em uma esteira rolante. O experimento durou oito semanas. 

“Vimos que o exercício aeróbico está associado ao aumento da irisina no tecido muscular e na circulação sanguínea, bem como ao aumento da enzima AMPK [proteína quinase ativada por monofosfato de adenosina, que atua como sensor metabólico das células] nos rins, conferindo nefroproteção”, diz Faria. 

Em seguida, os pesquisadores deram início à segunda etapa do estudo. Eles injetaram no terceiro grupo, o dos animais que praticavam atividades físicas, uma substância para bloquear a ação da irisina nos rins. Segundo os responsáveis pelo trabalho, essa interrupção coincidiu com um bloqueio também nos efeitos positivos para o órgão observados durante o experimento. 

“A falta da irisina aboliu os efeitos protetores do exercício ao rim diabético (…) Pela primeira vez, podemos afirmar que, no diabetes, o eixo irisina/AMPK induzido pelo exercício físico protege as células renais dos efeitos da alta glicose”, escreveram os autores. 

Os cientistas realizaram ainda testes com células renais humanas num cenário que simulava a diabetes, cultivadas em laboratório, para investigar o impacto da irisina, além de análises com amostras de sangue de pessoas diabéticas que praticavam exercícios e que eram sedentárias. As conclusões foram positivas, mostrando que o hormônio de fato ativa a enzima AMPK que, por sua vez, protege os rins. 

“A resposta foi positiva. Concluímos que o exercício físico aumenta a irisina no músculo e na circulação e que, nos rins, a presença desse hormônio ativa a enzima AMPK, que bloqueia os mecanismos da fibrose renal”, explica Faria. 

Essa proteção dos rins associada à enzima AMPK não é novidade. Em um estudo anterior conduzido pelos mesmos pesquisadores, já havia sido demonstrado o papel da proteína em evitar a fibrose renal, um estado de inflamação crônica das células e faz com que percam sua função.

Dá pra perder US$ 500 bilhões em um só dia?

Foi isso o que aconteceu ontem com Apple, Microsoft, Amazon, Google e Meta. Juntas, essas empresas perderam quase meio trilhão de dólares em valor de mercado. Veja:

Apple: perdeu US$ 154,1 bilhões, o que derrubou seu valor de mercado para US$ 2,4 trilhões. E pensar que a 20 dias a empresa beliscou os 3 trilhões de valuation.

Microsoft: perdeu US$ 109,3 bilhões. Essa queda fez com que a empresa saísse da casa dos US$ 2 trilhões de valuation, deixando apenas a Apple nesse patamar.

Amazon: perdeu US$ 34,2 bilhões. A empresa está avaliada agora em US$ 1,2 trilhão, bem distante dos quase 2 trilhões que atingiu durante a pandemia.

Facebook: perdeu US$ 42,5 bilhões e o que já estava ruim, piorou. A empresa vale hoje um terço do que valia em janeiro e vive dias difíceis em busca da recuperação.

Google: perdeu US$ 85,3 bilhões e está avaliada agora em US$ 1,3 trilhão. Essa é outra empresa que já beliscou os 2 trilhões de valuation, mas que perdeu muito nos últimos meses.

Essa grande perda aconteceu depois que o banco central americano divulgou os dados de inflação. Isso, somado às taxas de juros mais altas, tornam investimentos tradicionais mais atraentes.

Na esteira disso, muitos investidores entendem que dá pra ganhar mais dinheiro em ativos de menor risco, ao invés de deixar os dólares nas empresas de tecnologia.

Comparativamente, isso é o que aconteceu ontem:

Apple: seu valuation voltou aos patamares de 2020.
Microsoft: seu valuation voltou aos patamares de 2020.
Google: seu valuation voltou aos patamares de 2020.
Amazon: seu valuation voltou aos patamares de 2019.
Facebook: seu valuation voltou aos patamares de 2017.

Não tá fácil pra ninguém.