Medicar alunos na escola: veja recomendações para pais e gestores

A escola hesita em medicar sem a expressa autorização dos pais e receita médica. Já os pais ponderam as consequências de interromper seu trabalho e acionar o médico por uma dor de cabeça.

Um aluno está com dor de cabeça: daquela que não é tão forte para voltar para casa, nem tão fraca para se concentrar na aula. Sem receita médica, é melhor ligar para os pais ou deixar a criança com dor? Medicar durante o período letivo é um ato de cuidado com a saúde e bem-estar dos alunos, mas também de grande responsabilidade e risco. Apesar de endereçar dois direitos fundamentais – Saúde e Educação –, ainda faltam regras e condições que viabilizem a prática nas escolas.

Receita médica, sempre

Medicamentos estão cada vez mais banalizados, mas seu uso inadequado pode ter consequências sérias para a saúde. A decisão de medicar no horário letivo não deve envolver apenas os pais e a escola – mas, principalmente, o médico. Para garantir a segurança dos alunos e proteger a escola de possíveis erros, os especialistas são enfáticos: remédio na escola, só com receita médica.

Leia mais aqui

Como a alfabetização pode ajudar a reduzir as evasões

Segundo dados do IBGE, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2015 presentes no Anuário Brasileiro da Educação Básica 2018, No Brasil, a cada 100 estudantes que ingressam na escola, 86 concluem o Ensino Fundamental 1, 76 concluem o Fundamental 2 e 59 chegam ao fim do Ensino Médio.

Ou seja, são 41 alunos a cada 100 que ficam pelo caminho na trajetória escolar. Um verdadeiro afunilamento! Um estrangulamento das possibilidades de aprendizagem das nossas crianças, adolescentes e jovens.

Dados impactantes, não é mesmo? Mas não são apenas números: são histórias de vida, pessoas sem expectativas e sem esperanças de uma vida melhor, à margem da nossa sociedade. É parte do retrato da desigualdade social em nosso país.

Leia mais aqui