Brasil é ouro e bronze nos 3.000 m com obstáculos

O Brasil foi ouro e bronze nos 3.000 m com obstáculos feminino dos
Jogos Pan-Americanos. Poderia ter sido ouro e prata, caso a brasileira
Zenaide Vieira não tivesse diminuído o ritmo já no final da prova,
neste sábado, no estádio João Havelange, o Engenhão.

Perto da linha de chegada, a atleta, que tinha a prata praticamente
assegurada, desacelerou. E acabou ultrapassada pela mexicana Talis
Apud. A vitória foi de Sabine Heitling, com o tempo de 9min51s13, o
melhor de sua carreira e que também passa a ser recorde pan-americano,
já que a disputa feminina foi realizada pela primeira vez nos Jogos.

Atordoada, Zenaide admitiu que errou pelo cansaço. "Não vi a mexicana.
Não tenho o costume de ficar olhando", disse a brasileira. "A prova
inteira foi a mesma coisa; eu estava à frente, mas depois do fosso a
mexicana me passava. Em seguida, eu me esforçava e recuperava. No fim,
não deu tempo de fazer isso de novo."

Zenaide disse que sentiu o esforço a mais exigido pela pista molhada.
"Minha perna inchou de tanta força. O último obstáculo decidiu a
prova. É uma pena", lamentou a recordista sul-americana.

Já Sabine, realizada, ainda comemorou com a torcida abraçada à
bandeira brasileira. Aos 20 anos, ela faz seu primeiro Pan. "Estou
muito feliz, não esperava vencer a Zenaide, que é a recordista",
comemorou Sabine.

A mexicana anotou 9min55s43 (também o melhor tempo de sua carreira),
contra 9min55s71 de Zenaide, atual detentora do recorde sul-americano,
com o tempo de 9min46s52, registrado no último dia 2 de junho, em uma
competição na Bélgica.

Para o técnico das atletas, Jorge Peçanha, Sabine agora ganha projeção
para as competições no exterior. "Agora, ela não é só mais uma
brasileira que está começando. É a atual campeã pan-americana. O Pan
serviu para 'quebrar o gelo' dela, acostumar com estádio grande,
torcida em cima, porque tudo isso assusta quem está começando", disse
o treinador.

Gladson Barbosa é o 4º
Na prova masculina dos 3.000 m com obstáculos, o brasileiro Gladson
Barbosa obteve a quarta colocação, com 8min40s32, a quatro segundos do
medalhista de bronze, o cubano Carlos Alberto Sanchez, que marcou
8min36s07. O vencedor, o norte-americano Josh McAdams, terminou a
prova com 8min30s49 para levar o ouro. Seu compatriota, Michael
Spence, levou a prata com 8min32s11.

"Foi por pouco. Não consegui manter o ritmo, que estava muito forte.
Mas não é desculpa, é mérito dos outros competidores, que estão
melhores", afirmou Barbosa.

O outro brasileiro, Celso Ficagna ficou apenas em sexto. "Se eu
tivesse conseguido me preparar direito, teria mais chances, mas ainda
estou 85%", comentou Ficagna, que se recupera de uma lesão na coxa
sofrida há duas semanas. "Com a chuva, segurei o ritmo nas primeiras
voltas, com medo de cair. Essa prova exige muita força, mas também
equilíbiro."

Para Ficagna, a maior lamentação do fraco desempenho é ter perdido a
chance de uma grande exposição na mídia, que ele acredita resultar em
maior apoio. "O que mais dói de não levar medalha aqui é a
visibilidade que a gente não ganha. Uma boa representação poderia até
valer um patrocínio."

Brasil é ouro e bronze nos 3.000 m com obstáculos

O Brasil foi ouro e bronze nos 3.000 m com obstáculos feminino dos
Jogos Pan-Americanos. Poderia ter sido ouro e prata, caso a brasileira
Zenaide Vieira não tivesse diminuído o ritmo já no final da prova,
neste sábado, no estádio João Havelange, o Engenhão.

Perto da linha de chegada, a atleta, que tinha a prata praticamente
assegurada, desacelerou. E acabou ultrapassada pela mexicana Talis
Apud. A vitória foi de Sabine Heitling, com o tempo de 9min51s13, o
melhor de sua carreira e que também passa a ser recorde pan-americano,
já que a disputa feminina foi realizada pela primeira vez nos Jogos.

Atordoada, Zenaide admitiu que errou pelo cansaço. "Não vi a mexicana.
Não tenho o costume de ficar olhando", disse a brasileira. "A prova
inteira foi a mesma coisa; eu estava à frente, mas depois do fosso a
mexicana me passava. Em seguida, eu me esforçava e recuperava. No fim,
não deu tempo de fazer isso de novo."

Zenaide disse que sentiu o esforço a mais exigido pela pista molhada.
"Minha perna inchou de tanta força. O último obstáculo decidiu a
prova. É uma pena", lamentou a recordista sul-americana.

Já Sabine, realizada, ainda comemorou com a torcida abraçada à
bandeira brasileira. Aos 20 anos, ela faz seu primeiro Pan. "Estou
muito feliz, não esperava vencer a Zenaide, que é a recordista",
comemorou Sabine.

A mexicana anotou 9min55s43 (também o melhor tempo de sua carreira),
contra 9min55s71 de Zenaide, atual detentora do recorde sul-americano,
com o tempo de 9min46s52, registrado no último dia 2 de junho, em uma
competição na Bélgica.

Para o técnico das atletas, Jorge Peçanha, Sabine agora ganha projeção
para as competições no exterior. "Agora, ela não é só mais uma
brasileira que está começando. É a atual campeã pan-americana. O Pan
serviu para 'quebrar o gelo' dela, acostumar com estádio grande,
torcida em cima, porque tudo isso assusta quem está começando", disse
o treinador.

Gladson Barbosa é o 4º
Na prova masculina dos 3.000 m com obstáculos, o brasileiro Gladson
Barbosa obteve a quarta colocação, com 8min40s32, a quatro segundos do
medalhista de bronze, o cubano Carlos Alberto Sanchez, que marcou
8min36s07. O vencedor, o norte-americano Josh McAdams, terminou a
prova com 8min30s49 para levar o ouro. Seu compatriota, Michael
Spence, levou a prata com 8min32s11.

"Foi por pouco. Não consegui manter o ritmo, que estava muito forte.
Mas não é desculpa, é mérito dos outros competidores, que estão
melhores", afirmou Barbosa.

O outro brasileiro, Celso Ficagna ficou apenas em sexto. "Se eu
tivesse conseguido me preparar direito, teria mais chances, mas ainda
estou 85%", comentou Ficagna, que se recupera de uma lesão na coxa
sofrida há duas semanas. "Com a chuva, segurei o ritmo nas primeiras
voltas, com medo de cair. Essa prova exige muita força, mas também
equilíbiro."

Para Ficagna, a maior lamentação do fraco desempenho é ter perdido a
chance de uma grande exposição na mídia, que ele acredita resultar em
maior apoio. "O que mais dói de não levar medalha aqui é a
visibilidade que a gente não ganha. Uma boa representação poderia até
valer um patrocínio."

Atrás de cubano, Brasil leva prata e bronze nos 800 m masculino

Em arrancada surpreendente na curva, o brasileiro Kléberson Davide
pulou da quarta para a segunda colocação e assegurou a medalha de
prata na prova dos 800 m dos Jogos Pan-Americanos, no estádio João
Havelange, o Engenhão.

Davide fez o tempo de 1min45s47, o melhor de sua carreira. Com isso,
superou o outro brasileiro, Fabiano Peçanha, que anotou 1min45s54, sua
melhor marca nesta temporada.

O ouro ficou com o cubano Yeimer Lopez, que cravou 1min44s58, novo
recorde pan-americano. O antigo índice, 1min45s05, pertencia ao
canadense Tadili Achraf, de Santo Domingo-2003.

"Poderia ter ido ainda melhor, se não fosse a chuva. A pista fica
pesada e a gente tem que fazer mais esforço", avaliou Davide. "Nos 150
metros finais, estava 'no caixote', preso. Mas, na curva, consegui ir
pra cima do canadense (Achraf, quarto colocado) e fiquei atrás do
Fabiano. Na retinha final, fui com tudo e consegui passar."

Peçanha teve uma boa largada e se manteve em segundo lugar, atrás de
Lopez, até a última virada. Na curva, foi surpreendido por Davide, que
iniciou uma arrancada e ultrapassou Peçanha, que segurou o bronze.

No Pan de Santo Domingo-2003, o Brasil também havia conquistado uma
prata em um bronze. Peçanha repetiu no Rio de Janeiro seu resultado de
quatro anos atrás, quando cruzou a linha de chegada atrás de Osmar dos
Santos.

"Segunda vez bronze é muito azar, né? Vim para ganhar o ouro, mas aí
vem um cara e corre 1min44", brincou Peçanha, referindo-se a 2003. "O
ritmo da prova foi muito forte, mas estou feliz porque fui bronze em
Santo Domingo com 1mi46; hoje, fui bronze de novo, mas com 1min45."

Para Peçanha, a chuva também foi um dificultador, mas baixou a
velocidade de todos os competidores por igual. "Acho que a pista
molhada tirou 0,5 segundo de todo mundo aí", disse o brasileiro.