Revezamento 4×100 m do Brasil é tricampeão pan-americano

O Brasil conquistou o tricampeonato pan-americano no revezamento 4×100
m. Neste sábado, no estádio João Havelange, o Engenhão, o quarteto
formado por Vicente Lenílson, Rafael Ribeiro, Basílio Moraes e Sandro
Viana cruzou a linha de chegada em 38s81.

Na saída da prova, o quarteto se abraçou e cantou. O mais animado após
a prova era Vicente Lenílson, o mais experiente do grupo. "Estou com a
adrenalina a mil. Antes, tive que esconder a minha tristeza por não
ter ido bem nos 100 m rasos, porque sabia que poderia prejudicar o
grupo. Mas agora, a maior satisfação é ver a felicidade desses caras",
comemorou.

Nos Jogos de Winnipeg-1999, Claudinei Quirino, André Domingos, Raphael
de Oliveira e Edson Luciano venceram com 38s18, marca que ainda é
recorde do Pan.

Em Santo Domingo-2003, já com Lenílson no lugar de Raphael, o Brasil
marcou 38s44. Na pista, o quarteto nacional foi prata, mas herdou o
ouro depois que um dos integrantes do time dos Estados Unidos foi
flagrado em um exame antidoping. Com isso, os brasileiros ficaram com
o ouro.

"São mais de 12 anos de revezamento, então já tenho a manha de
entregar o bastão na frente", afirmou Lenílson. "Sabia que a gente
tinha chance de ouro, que era só saber conquistar."

Sandro Viana, que fechou a prova, contou que mal conseguiu enxergar
devido à chuva. "Não via nada. Não tinha certeza em que posição
estávamos. Só vi o Basílio pisando na marca e fui embora. Fui perceber
que o ouro era nossa quando ouvi a torcida gritando", disse Viana,
enrolado na bandeira brasileira.

Basílio, que dedicou o ouro ao irmão, o ex-atleta Ranieri Moraes, que
sofreu um acidente de moto, não conteve as lágrimas. "Essa medalha é
pra ele", balbuciou. Basílio disse que a chuva foi um sinal de sorte,
já que a equipe estava acostumada a correr com o mau tempo. "Treinamos
em São Paulo debaixo de chuva. E hoje, quando começou a garoar, já
sabíamos que seria vantagem nossa."

Rafael Ribeiro, o novato do Brasil, que foi o segundo a correr, falou
da importância da conquista para a nova geração do atletismo.

A prova deste sábado foi disputada em pista molhada pela forte chuva
no Rio de Janeiro. Sandro Viana, que havia sido desclassificado da
final dos 200 m nesta sexta-feira, depois de terminar em quarto lugar
(ele saiu de sua raia), fechou a prova para o Brasil no revezamento, à
frente do Canadá, que levou a prata com 38s87. O bronze foi para os
Estados Unidos, com 38s88.

Mulheres decepcionam
No revezamento 4 x 100 m feminino, as brasileiras empataram no quinto,
ao lado de São Cristóvão e Névis. O quarteto, formado por Thatiana
Ignacio, Lucimar Moura, Thaissa Presti e Luciana Santos obteve 44s14.
As vencedoras foram as jamaicanas, com 43s58. A medalha de prata ficou
com as norte-americanas, que marcaram 43s62. A equipe de Cuba levou o
bronze, com 43s80.

"Com essa chuva toda, não rendemos o que dava", lamentou Lucimar
Moura, que apostava em um pódio conjunto após ficar fora da final dos
100 m. "Jamaica e Estados Unidos estão com velocistas muito fortes. No
geral, o resultado não foi ruim, porque essa prova é muito forte no
Pan. As melhores do mundo estão aqui."

Nos outros revezamentos do sábado, os 4 x 400 m masculino e feminino,
o Brasil obteve somente a sexta posição com os homens, e o quinto
lugar com as mulheres. A equipe formada por Eduardo Vasconcelos,
Sanderlei Parrela, Anderson Santos e Fernando Almeida obteve
3min05s87, e ficou atrás de Bahamas, Estados Unidos e República
Dominicana, que levaram ouro, prata e bronze, respectivamente.

No feminino, Maria Laura Almirão, Emmily Pinheiro, Lucimar Teodoro e
Josiane Tito marcaram 3min28s89 e ficaram em quinto. Cuba levou o ouro
com 3min27s51, seguida por México, medalha de prata com 3min27s75, e
Estados Unidos, bronze com 3min27s84.

"Não fomos muito bem na prova, mas o índice foi bom", amenizou Emmily.
"Agora temos que pensar no Mundial (em Osaka, no Japão) que vem aí, e
usar o tempo que temos para corrigir os erros daqui."

Fábio Silva conquista segundo ouro para o Brasil no salto com vara

O brasileiro Fábio Gomes da Silva levou a medalha de ouro na disputa
do salto com vara, neste sábado, no estádio João Havelange, o
Engenhão. Ele assegurou o primeiro lugar no pódio com a marca de 5,40
m. O Brasil já tinha vencido a disputa feminina da prova, no segundo
dia de competição do atletismo nos Jogos Pan-Americanos, com Fabiana
Murer.

Com o ouro da Fabiana, e agora o meu, acho que a modalidade vai ganhar
mais estímulo, e vai crescer no país", comemorou Silva. "Isso me dá
estímulo para treinar ainda mais, para tentar ficar entre os
finalistas no Mundial."

Com o sarrafo a 5,30 m, apenas três competidores seguiam na prova.
Além do brasileiro, o mexicano Giovanni Lanaro e o argentino German
Chiaraviglio, que estava entre os favoritos ao ouro, assim como o
brasileiro. Mas ele falhou nas tentativas de superar a marca, deixando
a disputa pelo primeiro lugar para Fábio e Giovanni.

Os dois atletas falharam nas primeiras tentativas para superar os 5,40
m, mas o brasileiro conseguiu passar na terceira chance, jogando a
responsabilidade para o rival. Mas o mexicano não conseguiu nem mesmo
completar o salto e teve de se contentar com a prata. O argentino
Chiaraviglio ficou com o bronze, com 5,20 m.

"Vim confiante para o ouro", admitiu o brasileiro. "Meu objetivo no
Pan era bater 5,77 m, meu melhor índice, mas aí veio a chuva e tive
que me segurar. A cola não pegava, a vara ficava escorregando da mão,
e deu um pouco de medo de machucar. Daí, passei a pensar só em
medalha, não em recorde."

Fábio, que começou a praticar o esporte aos 16 anos, em Campinas, foi
alçado à condição de favorito ao quebrar o recorde sul-americano da
prova no dia 7 de junho, em São Paulo, quando registrou 5,77 m,
melhorando uma marca que já durava 21 anos. Ele superou em um
centímetro o recorde que o também brasileiro Tomas Valdemar Hintnaus
(que mora nos Estados Unidos) havia registrado em agosto de 1985, em
uma competição na Suíça.

A disputa deste sábado no Pan foi realizada sob forte chuva, o que
atrapalhou os atletas, já que a vara ficava mais escorregadia, e
também a organização, que tinha dificuldades até para recolocar o
sarrafo no lugar após cada salto.

Até os Jogos do Rio, o Brasil tinha três medalhas de bronze no salto
com vara em Pans, as três conquistadas no masculino. A mais recente
até então era a de Hintaus, conquistada em Caracas-1983, com um salto
de 5,20 m.

Outro brasileiro na prova, João Souza foi eliminado logo na primeira
rodada, ao zerar suas primeiras tentativas. "Não tenho sorte mesmo na
chuva, não adianta", resignou-se Souza. "Quando acordei hoje e vi a
chuva, já desanimei, porque sabia que pra mim seria muito difícil
conseguir medalha."

Souza ainda elogiou o campeão. "Fábio está em uma ótima fase, fico
muito feliz por ele, é um grande atleta", disse o brasileiro.

Bronze no dardo
O brasileiro Alexon Maximiano conquistou uma inesperada medalha de
bronze no lançamento de dardo, ao obter 75,04 m. O ouro ficou com o
cubano Guillermo Martinez, que marcou 77,66 m. O norte-americano Mike
Hazle levou a prata, com 75,33 m.

"Sei que para todo mundo foi inesperado, porque o esporte é
desconhecido ainda, mas vim preparado e sabia que tinha chance de
pódio. Esse bronze vale muito", comemorou Maximiano.

Fábio Silva conquista segundo ouro para o Brasil no salto com vara

O brasileiro Fábio Gomes da Silva levou a medalha de ouro na disputa
do salto com vara, neste sábado, no estádio João Havelange, o
Engenhão. Ele assegurou o primeiro lugar no pódio com a marca de 5,40
m. O Brasil já tinha vencido a disputa feminina da prova, no segundo
dia de competição do atletismo nos Jogos Pan-Americanos, com Fabiana
Murer.

Com o ouro da Fabiana, e agora o meu, acho que a modalidade vai ganhar
mais estímulo, e vai crescer no país", comemorou Silva. "Isso me dá
estímulo para treinar ainda mais, para tentar ficar entre os
finalistas no Mundial."

Com o sarrafo a 5,30 m, apenas três competidores seguiam na prova.
Além do brasileiro, o mexicano Giovanni Lanaro e o argentino German
Chiaraviglio, que estava entre os favoritos ao ouro, assim como o
brasileiro. Mas ele falhou nas tentativas de superar a marca, deixando
a disputa pelo primeiro lugar para Fábio e Giovanni.

Os dois atletas falharam nas primeiras tentativas para superar os 5,40
m, mas o brasileiro conseguiu passar na terceira chance, jogando a
responsabilidade para o rival. Mas o mexicano não conseguiu nem mesmo
completar o salto e teve de se contentar com a prata. O argentino
Chiaraviglio ficou com o bronze, com 5,20 m.

"Vim confiante para o ouro", admitiu o brasileiro. "Meu objetivo no
Pan era bater 5,77 m, meu melhor índice, mas aí veio a chuva e tive
que me segurar. A cola não pegava, a vara ficava escorregando da mão,
e deu um pouco de medo de machucar. Daí, passei a pensar só em
medalha, não em recorde."

Fábio, que começou a praticar o esporte aos 16 anos, em Campinas, foi
alçado à condição de favorito ao quebrar o recorde sul-americano da
prova no dia 7 de junho, em São Paulo, quando registrou 5,77 m,
melhorando uma marca que já durava 21 anos. Ele superou em um
centímetro o recorde que o também brasileiro Tomas Valdemar Hintnaus
(que mora nos Estados Unidos) havia registrado em agosto de 1985, em
uma competição na Suíça.

A disputa deste sábado no Pan foi realizada sob forte chuva, o que
atrapalhou os atletas, já que a vara ficava mais escorregadia, e
também a organização, que tinha dificuldades até para recolocar o
sarrafo no lugar após cada salto.

Até os Jogos do Rio, o Brasil tinha três medalhas de bronze no salto
com vara em Pans, as três conquistadas no masculino. A mais recente
até então era a de Hintaus, conquistada em Caracas-1983, com um salto
de 5,20 m.

Outro brasileiro na prova, João Souza foi eliminado logo na primeira
rodada, ao zerar suas primeiras tentativas. "Não tenho sorte mesmo na
chuva, não adianta", resignou-se Souza. "Quando acordei hoje e vi a
chuva, já desanimei, porque sabia que pra mim seria muito difícil
conseguir medalha."

Souza ainda elogiou o campeão. "Fábio está em uma ótima fase, fico
muito feliz por ele, é um grande atleta", disse o brasileiro.

Bronze no dardo
O brasileiro Alexon Maximiano conquistou uma inesperada medalha de
bronze no lançamento de dardo, ao obter 75,04 m. O ouro ficou com o
cubano Guillermo Martinez, que marcou 77,66 m. O norte-americano Mike
Hazle levou a prata, com 75,33 m.

"Sei que para todo mundo foi inesperado, porque o esporte é
desconhecido ainda, mas vim preparado e sabia que tinha chance de
pódio. Esse bronze vale muito", comemorou Maximiano.