Morre um dos atletas hospitalizados após a maratona de Hong Kong

Morreu nesta terça-feira um atleta de 53 anos, com antecedentes
asmáticos, que estava hospitalizado em estado crítico após ter
participado no domingo passado da maratona de Hong Kong.

Kam-yin Tsang era um dos 22 corredores que foram internados em um
centro médico ao término da prova, disputada em meio a “elevados
índices de poluição” em determinadas áreas, segundo admitiram as
autoridades, que tinham alertado os participantes com problemas
cardíacos ou respiratórios.

William Ko, principal responsável da organização da maratona, na qual
competiram 40 mil pessoas, desmentiu as denúncias sobre falta de
pessoal médico e de primeiros socorros.

Maratonistas são internados em estado crítico em Hong Kong

Vinte e duas pessoas foram levadas para o hospital e duas delas
estavam em estado crítico depois de participarem da principal maratona
de Hong Kong em meio aos piores níveis de poluição em meses, disse o
governo local nesta segunda-feira.

A maratona Standard Chartered reuniu o número recorde de 40 mil
participantes no domingo, e muitos reclamaram da névoa preta que
escureceu a ponte Tsing Ma, marco importante na rota da corrida anual.

Um dos dois corredores está em situação crítica, outro desmaiou perto
da linha de chegada, no distrito de Wanchai, onde o índice de poluição
do ar foi o maior nível desde setembro de 2005. O outro corredor
desmaiou também perto da ponte Tsing Ma.

“Eles ainda estão em condição crítica”, disse uma porta-voz do governo.

A Associação de Atletismo Amador de Hong Kong, que organizou a prova,
não tinha ninguém disponível de imediato para comentar o assunto e não
ficou claro se os corredores desmaiaram por causa da poluição.

Mas Choi Kin, presidente da Associação Médica de Hong Kong, disse que
o problema provavelmente está mais relacionado à condição física do
que à qualidade do ar.

“Quando as pessoas fazem exercícios repentinos para testar seus
limites, seus corpos podem não ser capazes de aguentar”, disse Choi,
segundo o jornal South China Morning Post.

A qualidade do ar em Hong Kong piorou nos últimos anos. Em muitos dias
a cidade no sul da China fica envolta por névoa e as pessoas quase não
conseguem enxergar através do famoso Porto Victoria.

Ambientalistas culpam as emissões de veículos no território e de
fábricas no sul da China.

Parkinson ataca área do cérebro onde há gene masculino

Cientistas da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA)
descobriram que um gene de sexo, responsável pela formação de embriões
masculinos, também é produzido na região do cérebro atingida pelo mal
de Parkinson. A nova pesquisa, que será publicada na edição de 21 de
fevereiro da Current Biology, explica por que mais homens que mulheres
desenvolvem a doença degenerativa, que aflige 1 milhão de americanos.

“Os homens são 1,5 vez mais suscetíveis a desenvolver o mal de
Parkinson que as mulheres” disse Eric Vilain, professor de genética
humana na Escola de Medicina David Geffen da UCLA. “Nossas descobertas
podem oferecer novas pistas sobre como a doença afeta diferentemente
homens e mulheres, e dizer por que os homens são mais suscetíveis à
doença”.

Em 1990, pesquisadores ingleses identificaram o SRY como o gene que
determina o sexo e forma os embriões masculinos. Localizado na
cromossomo masculino, o SRY fabrica uma proteína que é liberada pelas
células nos testículos.

Agora, numa descoberta inesperada, a equipe de Vilain tornou-se a
primeira a seguir a proteína SRY até uma região do cérebro chamada de
substantia nigra, que é deteriorada pelo mal de Parkinson.

O mal de Parkinson ocorre quando as células da substantia nigra
começam a não funcionar direito e morrem. Essas células produzem um
neurotransmissor chamado dopamina, que se comunica com as áreas do
cérebro que controlam o movimento e a coordenação.

“Pela primeira vez, descobrimos que as células do cérebro que produzem
dopamina dependem de um gene de sexo específico para funcionarem
direito” disse Vilain. “Nós também mostramos que o SRY tem um papel
central não apenas nas genitálias masculinas, mas também na regulação
do cérebro”.

Vilain acredita que as variações nos níveis da proteína do SRY podem
estar ligadas ao começo do mal de Parkinson e poderiam oferecer pistas
de quem corre o risco de ter a doença. “O SRY pode servir como agente
protetor contra o Parkinson”, disse. “Os homens que contraem a doença
podem ter níveis mais baixos do gene no cérebro”.

Porque o SRY só é encontrado em homens, Vilain acredita que as
mulheres devem possuir outro mecanismo fisiológico que proteja as
células produtoras de dopamina na substantia nigra. “Suspeitamos que o
estrógeno tenha a mesma função nas mulheres que o SRY em proteger o
cérebro do mal de Parkinson” ele disse. “Estamos estudando essa
hipótese em animais”.

Diferenças entre sexos em outras doenças ligadas à dopamina, como
esquizofrenia ou o vício, também podem ser explicadas pelo gene SRY,
disse Vilain.