Gatlin se prepara na Jamaica para quebrar recorde dos 100 m rasos

O norte-americano Justin Gatlin, campeão mundial e olímpico dos 100
metros rasos, está desde segunda-feira treinando na Jamaica, onde
ficará pelo menos durante uma semana.

A ilha caribenha é a terra natal de Asafa Powell, o homem mais rápido
do mundo, detentor do recorde dos 100 m (9s77). Powell estabeleceu o
tempo na Olimpíada de Atenas.

Gatlin pretende quebrar o recorde mundial em 2006 e, para isso, nada
melhor do que passar alguns dias na Jamaica, onde desfruta de uma
temperatura melhor para os treinos do que nos Estados Unidos nesta
época do ano.

O velocista norte-americano chegou acompanhado de seus compatriotas
Shawn Crawford, detentor do ouro olímpico nos 200 m, e Me’Lisa Barber,
campeã norte-americana dos 100 m feminino. A equipe ainda conta com a
companhia do jamaicano Dwight Thomas.

Medalha de ouro nos 100 m em Atenas 2004, Gatlin, de 23 anos, se
confirmou em 2005 como o maior velocista da atualidade, ao fazer a
dobradinha nos 100 m e 200 m no Mundial de Helsinque. Na ocasião,
porém, Gatlin não precisou enfrentar na pista seu rival Asafa Powell,
que se encontrava lesionado.

Antes de Gatlin, apenas outro velocista norte-americano, Maurice
Greene, havia conseguido o feito de vencer as duas provas em um mesmo
mundial, em Sevilha, 1999.

Em 2006, Gatlin e Powell prometem duelos emocionantes pelo recorde dos
100 m e pelo título de homem mais rápido do mundo.

Etíope Bekele vence torneio de cross-country de Edimburgo

O etíope Kenenisa Bekele venceu neste sábado o torneio de
cross-country de Edimburgo (Reino Unido), ao bater o catariano Saif
Shaheen após 9,2 quilômetros de percurso.

Bekele, de 23 anos, venceu a prova com um tempo de 26min08s. O etíope
conquistou o título mundial de cross curto e longo por quatro anos
consecutivos. O adversário de hoje foi o campeão mundial dos 3 mil
metros com barreiras, Shaheen, natural do Quênia e naturalizado
catariano. O eritreu Zersenay Tadesse completou o pódio.

“Foi uma prova muito difícil. Shaheen me fez sofrer até o último
metro”, comentou Bekele após a vitória em Edimburgo.

A etíope Gelete Burika venceu a etapa feminina. Ela percorreu os
6,3 quilômetros do percurso em 19min01s. A queniana Isabella
Ochichi, prata olímpica nos 5 mil metros, foi a segunda colocada, e
a também etíope Tirunesh Dibaba, que defendia o título, foi a
terceira.

Para Pequim, técnico quer dar mais velocidade a Marilson

Além do objetivo de melhorar sua marca na maratona, Marilson Gomes dos
Santos já começa a trabalhar visando os Jogos Pan-americanos de 2007 e
os Jogos Olímpicos de 2008. Medalha de prata nos 10.000m e de bronze
nos 5.000m no Pan de Santo Domingo-2003, o atual campeão da São
Silvestre ainda não sentiu o gostinho de disputar o principal evento
esportivo do planeta.
“Tenho o sonho de estar em uma Olimpíada. Acabei ficando fora de
Atenas por falta de experiência e não quero desperdiçar a chance de ir
para Pequim”, afirmou o atleta, que não conseguiu com uma das três
vagas brasileiras nos Jogos da Grécia ? os representantes do país na
competição foram André Luiz Ramos, Rômulo Wagner da Silva e Vanderlei
Cordeiro de Lima, este último medalhista de bronze.

O técnico de Marilson, Adauto Domingues, confirma que o “grande sonho
é uma medalha olímpica”, mas lembra que “tem coisa antes disso, como o
Pan”. O treinador já tem na cabeça um planejamento preparado para as
próximas duas temporadas e se mostra confiante no desempenho do
pupilo.

“Provavelmente ele vai correr os dez mil metros no Pan-americano, até
porque vai ser disputado no Rio e o clima para a maratona deve estar
muito quente. A idéia é que ele se concentre neste tipo de prova no
primeiro semestre do ano que vem para depois do Pan começar a fixar os
treinamentos em maratona para Pequim”, explica Adauto.

O melhor tempo de Marilson nos 10.000m é de 28min21s38, registrados no
Troféu Brasil-2004 ? o recorde nacional é de Ronaldo da Costa, com
28min07s73. Adauto acredita que se o atleta correr estiver correndo
entre 27min40 e 27min45 fatalmente conquistará a medalha de ouro nos
Jogos do Rio de Janeiro.

O treinador, porém, não descarta a possibilidade de Marilson disputar
também uma outra prova no Pan: 5.000m ou maratona. “Como os Jogos
serão realizados no Brasil, nós iremos montar o calendário. Então, por
exemplo, podemos colocar os 10.000m no primeiro dia de competições e
colocar a maratona para o último dia, o que poderia dar condições ao
Marilson de disputar as duas provas. Mas isso ainda é só especulação”,
conta.

Taticamente, Adauto explica que o atleta ainda precisa ganhar
velocidade caso queira disputar títulos na maratona. “O Marilson não é
um cara rápido. Ele tem um excelente ritmo, mas é necessário que
consiga imprimir certa velocidade em determinado momento da corrida
para depois retomar o ritmo. É essa variação que a gente vai focar
agora”, diz.

Em razão desse planejamento, a maratona do segundo semestre para
Marilson deve ser a de Berlim, em cujo percurso o queniano Paul
Tergart registrou o atual recorde mundial da distância (2h04min55, em
2003). “Queremos colocá-lo para disputar provas rápidas”, afirma
Adauto. No primeiro semestre, Marilson deve disputar a Maratona de
Paris, em abril.