Kelli White se diz arrependida e quer ser exemplo antidoping

A corredora norte-americana Kelli White, que teve de devolver as
medalhas de ouro que ganhou nos 100 m e 200 m rasos no Mundial de
Paris-2003 por ter usado doping, declarou nesta quinta-feira, em um
simpósio antidoping, que se arrepende do que fez. E, agora, quer
servir de exemplo para os demais atletas.

“Estou arrependida da minha decisão de usar doping”, disse White, cuja
suspensão termina em maio de 2006. “Creio que posso servir de exemplo
do que não fazer”.

A velocista admitiu o uso de diversas formas de substâncias ilegais:
doping sanguíneo, uso de esteróides e testosterona para melhorar sua
performance. Sempre sem ser apanhada nos exames antidoping. “Consegui
passar por 17 controles antidoping em 12 meses”, afirmou White.

Kelli White contou que começou a usar doping por sugestão de seu
técnico, Remi Korchemny, que a apresentou a Victor Conte, o chefe da
Balco, empresa-pivô do escândalo de doping do ano passado. A Balco,
entre outros atletas, auxiliava Marion Jones, campeã olímpica em
Sydney-2000.

“Não me sinto uma vítima. Eu usei doping porque quis. Foi minha
decisão. Agora, estou feliz por não haver mais segredos”.

O simpósio de que participa a corredora foi organizado pela Agência
Mundial Antidoping (Wada) para que se discutam planos mais efetivos
para controle do doping. Rune Andersen, diretor da Wada, quer que o
Mundial de Helsinque (Finlândia), que ocorrerá em agosto deste ano,
tenha exames antidoping mais eficientes.

“Queremos atletas limpos em Helsinque”, disse Andersen. “Esse fórum
serve para nos ajudar a perceber onde podemos melhorar”.

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