Brasil ganha altura e sobe posições em Mundial feminino

Brasil ganha altura e sobe posições em Mundial feminino

Mais alta e próxima do topo, a seleção feminina enfrenta hoje a Coréia
do Sul, em São Petersburgo, em busca do sétimo lugar, sua melhor
posição em Mundiais.
A participação mais destacada do país anteriormente havia sido a 12ª
colocação, no Mundial da Itália, em 2001. Uma das maiores dificuldades
enfrentadas por aquele time foi a baixa estatura do grupo, incapaz de
fazer frente ao ataque das potências européias.
Quatro anos depois e 6 cm mais alto -média de 1,76 m-, o time nacional
já é apontado como a maior surpresa do campeonato, que será encerrado
amanhã. Além do jogo do Brasil, Romênia x Hungria e Rússia x Dinamarca
disputam hoje as semifinais.
Antes da seleção nacional, apenas dois países haviam conseguido
“furar” o bloco europeu nas oito primeiras posições do Mundial. O
Japão foi o sétimo colocado em 1965, quando apenas oito países
disputaram o campeonato.
Já a Coréia do Sul ostenta um sexto lugar (1982), um bronze (2003) e
um título (1995).
“O problema de altura já foi importante. Felizmente já não nos
preocupa tanto. Mas a tendência é termos atletas cada vez mais altas”,
atesta Fabiano Redondo, diretor de marketing da Confederação
Brasileira de Handebol.
Uma delas é a espigada Aline Silva, a Pateta. Com 1,95 m, a brasileira
só perde em altura para a russa Elena Polenova (1,98 m).
Com atletas mais altas, a comissão técnica apostou no acompanhamento
individualizado para retirar o máximo do elenco.
O levantamento é feito pelo médico espanhol Jacobo Vázquez, que
comenta não ser fácil monitorar o estado físico do time.
“Como nos encontramos dois ou três meses por ano, fica difícil
melhorar o rendimento do grupo. No caso da seleção feminina, isso é
ainda mais complicado porque as jogadoras estão espalhadas por todo o
mundo”, declara Vázquez.
O problema não deixa de ser solução. O técnico Juan Oliver, também
espanhol, aponta o intercâmbio internacional como um dos fatores para
a ascensão do time. “Quando cheguei ao Brasil, percebi que tínhamos
qualidade, mas faltava organização tática. A maior necessidade era
melhorar a defesa. Acho que conseguimos.”
Consistente na retaguarda, o Brasil bateu algumas das maiores seleções
européias, como França, atual campeã mundial, e Ucrânia, medalha de
bronze em Atenas-04.
Contra as baixinhas da Coréia do Sul (média de 1,73 m), o técnico pede
cautela -o adversário é o atual vice-campeão olímpico. “É um jogo
difícil. Temos que estar concentrados o tempo todo.”

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