Qualidade de ensino na escola pública: 6 aspectos que todo gestor deve considerar

O título deste texto soa pretencioso e isso me obriga a esclarecer que não se trata de uma ideia “iluminada” ou presunçosa. Os seis passos aqui apresentados foram extraídos do relatório do Instituto Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), elaborado a partir das informações dos questionários da Prova Brasil de 2017, e já foi objeto de análise da repórter Laís Semis. A minha proposta é tão somente deslocar a discussão para a perspectiva da gestão escolar.

Quando se fala em qualidade e equidade em Educação é preciso levar em conta os múltiplos fatores que operam nessa equação. Nesse sentido, considerar o âmbito de governabilidade do gestor e da escola não anula os determinantes macroestruturais como a política educacional e o impacto da desigualdade social no sucesso ou insucesso dos estudantes. Para se ter uma ideia, Japão e Taiwan, países que ocupam, respectivamente, a 2ª e a 4ª posição dentre 73 países avaliados no Pisa (2015), com 538.4 e 532.3 pontos em Ciências, não obtêm o mesmo resultado nas escolas de nível socioeconômico baixo e não atingem a média da OCDE, de 493 pontos. Na França, escolas com alunos de baixa renda obtiveram 100 pontos a menos em leitura. No caso do Brasil, que teve um dos piores resultados do Pisa (2015), com o 63° lugar em Ciências, 59° em leitura e 66° em Matemática, as desigualdades regionais são ainda mais marcantes.

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