Jadel conquista primeira medalha do ano e Isinbayeva bate recorde mundial

Jadel Gregório começou com uma medalha de ouro a temporada 2009. Neste
domingo, no Meeting de atletismo de Karlsruhe, na Alemanha, o
brasileiro venceu a disputa do salto triplo em sua primeira competição
no ano.

Jadel conseguiu a melhor marca com 17m11, superando os cubanos Arnie
David Girat, com 17m07, e Alexis Copello, com 17m03. Para ficar com o
título, não precisou sequer ficar perto dos 17m90, seu recorde na
modalidade.

Já a russa Yelena Isinbayeva, no Meeting da Ucrânia, quebrou o recorde
mundial indoor do salto com vara duas vezes. Primeiro ao saltar 4m97
e, logo na sequência, com 5 m.

Isinbayeva não conseguia superar um recorde desde 18 de agosto de
2008, quando conseguiu 5m05 e levou o ouro nos Jogos Olímpicos de
Pequim.

A russa, de 26 anos, chega ao 26º recorde mundial e fica a nove da
marca histórica do ucraniano Serguei Bubka. Ela conseguiu a melhor
marca indoor em Donetsk pelo sexto ano consecutivo – o anterior era de
4m95.

A segunda colocada em Donetsk foi a brasileira Fabiana Murer, que com
4m81 também quebrou uma marca: a sul-americana.

Maratona de Los Angeles promove guerra dos sexos.

A Maratona de Los Angeles, que será realizada no dia 25 de maio, trará uma novidade para os participantes deste ano.

Além do prêmio de US$ 20 mil (cerca de R$ 46 mil) para os vencedores das modalidades feminina e masculina, os organizadores também darão um bônus de US$ 100 mil (cerca de R$ 229 mil) para o participante que cruzar a linha de chegada primeiro, sendo homem ou mulher, criando uma espécie de “guerra dos sexos” do atletismo.

Por causa disto, as corredoras femininas largarão na frente, para que possuam uma vantagem sobre os rivais masculinos. Entretanto, o histórico é favorável para os homens. Na mesma competição californiana do ano passado, o queniano Laban Moiben conseguiu a marca de 2h13min50s, enquanto que a russa Tatiana Aryasova obteve o tempo de 2h29min09s.

Ensino superior e distante.

Folha de S. Paulo – 04/02/2009
 
Dados do Censo da Educação Superior de 2007 sugerem que o sistema de ensino de terceiro grau pode estar perto de alcançar um ponto de equilíbrio. Após vários anos em que a taxa de criação de novas instituições superiores beirava os 10% anuais, entre 2006 e 2007 ela foi de mero 0,5%, passando de 2.270 para 2.281 entidades.
Saturação do mercado, porém, não significa que as necessidades do país estejam atendidas. Se o número de matrículas aumentou 8% no período, o de formandos cresceu em ritmo mais lento (3%). Diminui a proporção entre alunos ingressantes e concluintes, que era de 46% em 2006 e passou para 44% em 2007.
Mais preocupante é a queda no número de diplomados em cursos de formação de professores para o ensino básico. Em 2007, formaram-se 70.507 docentes, 4,5% menos que em 2006. Algumas das maiores reduções envolvem profissionais para ensinar disciplinas obrigatórias, como letras (-10%), geografia (-9%) e química (-7%).
Isso num país em que ao menos 300 mil professores carecem de qualificação apropriada para as aulas que ministram. Eis aí uma das principais deficiências da educação nacional. Ela só será sanada com o aprofundamento de uma política de revalorização da profissão, que começa por uma recomposição salarial mas não poderia esgotar-se nela.
Dada a urgência de preparar mais e melhores professores, há que lançar mão de todos os meios -como o ensino a distância, que permite levar a qualificação aonde ela é mais necessária. A boa nova do censo é que essa modalidade conta já com 370 mil matriculados (7% do total), contra 207 mil no ano anterior.
Falta agora criar as condições e os requisitos de qualidade para que esse potencial seja mobilizado na capacitação dos docentes de que o Brasil precisa. Caso contrário, resultará apenas em mais um canal de saturação.